Tecnologia

Dados de meio bilhão de usuários do Facebook são vazados na internet

Dados como nomes, endereços de e-mail e números de telefone foram publicados na web; pesquisador diz que quem tem conta na rede social tem grandes chances de ter tido dados vazados

Facebook: dados de 533 milhões de usuários foram publicados na web (NurPhoto/Getty Images)

Facebook: dados de 533 milhões de usuários foram publicados na web (NurPhoto/Getty Images)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 3 de abril de 2021 às 12h07.

Última atualização em 3 de abril de 2021 às 16h01.

Dados de mais de meio bilhão de usuários do Facebook, como números de telefone, nomes, endereços de e-mail, localização e informações biográficas, como status de relacionamento, foram vazados na internet. Em alguns casos, a data de nascimento também foi vazada. As informações pessoais são de usuários da rede social em 106 países.

O vazamento foi descoberto pelo pesquisador de segurança digital israelense Alon Gal. Para ele, quem possui uma conta no Facebook tem grandes chances de ter tido dados vazados na web. O vazamento contém informações de 533 milhões de usuários da rede social.

O Brasil aparece na lista de países afetados no novo vazamento de informações pessoais de usuários do Facebook. Segundo o pesquisador, 8 milhões de contas tiveram dados compartilhados na internet.

https://twitter.com/UnderTheBreach/status/1378314424239460352

Em nota para a EXAME, o Facebook Brasil informou o seguinte: “Estes dados são antigos e foram reportados em 2019, fruto de uma vulnerabilidade que encontramos e corrigimos em agosto daquele ano”.

Em 2019, um vazamento de informações do Facebook expôs dados de mais de 400 milhões de usuários do site.

Arthur Igreja, especialista em tecnologia, inovação e segurança digital, autor do livro “Conveniência é o Nome do Negócio” e professor convidado da FGV, diz que a rede social não aprendeu com os erros do passado, apesar de sempre se comprometer em melhorar. "Sempre se manifesta sobre que ‘será a última vez que ocorre’, porém, os fatos têm mostrado ao contrário. Claro, a empresa é líder, tem uma capacidade notável de coletar informações e, óbvio, que é muito visada, mas justamente por isso é que deveria ter mais responsabilidade em torno desse tema, que está em uma escala de prioridade muito alta tanto por parte dos anunciantes quanto usuário", afirmou Igreja para a EXAME. "Todo mundo está ciente de que o tema da segurança digital é crítico e tudo indica que o Facebook não está fazendo um trabalho adequado nesse aspecto."

Para o especialista, as pessoas precisam ficar atentas a golpes nos próximos meses e buscar reduzir a quantidade de informações fornecidas para redes sociais como o Facebook. "Imediatamente, os usuários devem verificar quais informações eles podem ocultar ou deixar de registrar. O cadastro do Facebook solicita muita informação. E na medida do possível, o usuário deve preencher o mínimo necessário", diz.

Podcast: Chegou a hora de sair das redes sociais?

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