Tecnologia

Material criado para tela de celular se autorregenera em 24 horas

A tecnologia pode resolver um problema que a maioria das pessoas já passou com seus smartphones

Tela: o material pode ser esticado até 50 vezes o seu tamanho original (Thinkstock/Reprodução)

Tela: o material pode ser esticado até 50 vezes o seu tamanho original (Thinkstock/Reprodução)

Marina Demartini

Marina Demartini

Publicado em 5 de abril de 2017 às 13h21.

São Paulo – Químicos da Universidade da Califórnia em Riverside, nos EUA, podem ter resolvido um dos grandes dramas da atualidade. O grupo tem trabalhado com sucesso em uma tecnologia que permite que a tela de smartphones se autorregenerem de danos.

Os resultados preliminares são promissores. Em conversa com o site Business Insider, o químico Chao Wang contou que, em um dos testes, os cientistas fizeram cortes e arranhões em uma das “telas”. Depois de 24 horas, o material havia se regenerado.

O segredo por trás do material é que ele é feito de um tipo de polímero elástico e de sal iônico. Quando esses elementos estão juntos, eles criam uma ligação, chamada de interação íon-dipolo, em que um íon é atraído por um polo de uma molécula polar. Em resumo, moléculas e íons se unem para restaurar danos causados por perfurações e arranhões.

Segundo um comunicado da universidade, o material pode esticar até 50 vezes o seu tamanho original, é transparente e de baixo custo. A inspiração para criá-lo surgiu de uma paixão de longa data do cientista por Wolverine, o anti-herói das histórias em quadrinho que é capaz de se curar sozinho.

Esta não é a primeira vez que Wang usa os polímeros elásticos junto ao sal iônico. Em 2016, o pesquisador criou um material similar a um músculo que pode ser esticado até 100 vezes o seu comprimento original e que tem a capacidade de autocura quando é perfurado. Na época, Wang disse que o material era ideal para a criação de próteses para humanos e robôs.

Um material semelhante ao criado pelo químico já é usado nas traseiras de alguns smartphones, como a do LG G Flex. No entanto, ele não conduz eletricidade e, por isso, não pode ser usado em telas.

Wang prevê que a nova tecnologia seja usada em baterias e telas de celulares até 2020.

Veja abaixo o vídeo (em inglês) sobre a "tela":

yt thumbnail
Acompanhe tudo sobre:Pesquisas científicasRobôsSmartphones

Mais de Tecnologia

Estúdio processa Elon Musk por uso de imagens de “Blade Runner” em evento da Tesla

CEO da AWS, da Amazon, sugere demissão para quem discordar de retorno presencial

Por que a Anvisa proibiu o "chip da beleza"?

Voo barato? Atualização do Google Flights promete passagens com preços ainda mais baixos