Tecnologia

Marshall Woburn

A inglesa Marshall é uma das mais conhecidas marcas de amplificadores do mundo, tendo sido utilizada (e preferida) por músicos como Jimi Hendrix, The Who e Led Zeppelin. Desde 2010 a marca Marshall foi licenciada para a Zound Industries, que fabrica fones de ouvido, caixas de som e até um smartphone utilizando o nome Marshall. […]

Caixa de som Marshall

Caixa de som Marshall

DR

Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2015 às 16h57.

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A inglesa Marshall é uma das mais conhecidas marcas de amplificadores do mundo, tendo sido utilizada (e preferida) por músicos como Jimi Hendrix, The Who e Led Zeppelin.

Desde 2010 a marca Marshall foi licenciada para a Zound Industries, que fabrica fones de ouvido, caixas de som e até um smartphone utilizando o nome Marshall. A maior dessas caixas, em termos de potência, (e tamanho) é a Woburn, que testamos no INFOlab.

Design

Foto por: Luccas Franklin

O Woburn faz bem o papel de se aproximar o máximo do visual de amplificadores Marshall clássicos. O trançado frontal do Woburn é bastante irregular, misturando fios creme e pretos na trama. O logotipo da Marshall, na frente, é feito em plástico branco com destaques dourados nas letras. O corpo do produto é feito de vinil, disponível nas cores preto e creme.

Os controles se encontram no topo da caixa, diferente da maior parte dos amplificadores disponíveis hoje em dia, mas similar a modelos da década de 70. Há botões para pareamento de bluetooth e troca de entradas, além de três controles para volume, graves, agudos, e uma entrada entrada P2.

Conexões

A Woburn fica em uma posição um tanto quanto estranha, em termos de usabilidade. Ela é grande e relativamente pesada demais para ser considerada portátil, além de não possuir bateria, funcionando apenas na tomada. No entanto, por ser uma “tudo em um”, não necessitando de um amplificador externo ou ser ligada a um conjunto de outras caixas, ela é fácil de transportar e utilizar em qualquer local.

Independente de sua forma, a Woburn possui uma entrada P2 no topo, uma entrada estéreo RCA na parte traseira e uma entrada de áudio óptica, mostrando que foi pensada como uma caixa para música que não deixa de quebrar um galho quando é necessário ouvir o som de uma TV com saída óptica.

A caixa possui também a possibilidade de se conectar a um smartphone ou tablet por Bluetooth, mas pensando nos puristas que se interessariam pelo produto, a Zound incluiu um cabo P2 em formato de mola, típico de equipamentos de som das décadas de 70 ou 80, para que o som tenha mais “cara” de analógico.

O volume, os graves e os agudos são gerenciados por controles que simulam aqueles de um amplificador Marshall, mas aqui fica um truque desnecessário para tornar mais analógica uma experiência essencialmente digital: cada controle gira continuamente, de forma suave entre os valores de 0 a 10, mas o som aumenta em passos definidos a cada número. Isso causa uma ilusão de que existe um ajuste fino, quando não há a possibilidade de se acertar os ajustes com tanta precisão assim.

Audio

Vamos ao que interessa, quando o assunto são caixas de som: o áudio.

Primeiramente, é importante lembrar que a caixa não é fabricada na Inglaterra pela Marshall. A linha de caixas de som e fones de ouvido é um licenciamento feito para a Zound Industries, que possui outras linhas de produtos de áudio, nesse caso, fabricada na China.

Independente disso, a caixa possui um som excepcional. São dois tweeters de 1 polegada (2,54 cm) e dois médios-woofers de 5,25 polegadas (13,34 cm), para um total de quatro falantes.

O som é alto, algo por que a marca Marshall sempre prezou em seus equipamentos. O volume vai de 0 a 10 (infelizmente não chega a 11) e no 4 é suficiente para manter a música confortável em uma sala grande. Subir o volume até a marca 8 deixa o som alto o suficiente para que um salão de festas médio seja inundado pelo som. Não elevamos o volume para além disso por medo de danificarmos os falantes ou nossos ouvidos, mas duvidamos que isso será necessário em uma situação comum.

Não pudemos notar distorção relevante do som, mesmo no, já altíssimo, nível 8. Embora os instrumentos sejam muito bem separados entre si, cortesia dos quatro falantes, a sensação de estéreo é quase imperceptível, já que eles ficam muito próximos uns dos outros e todos ficam virados para frente.

Com os ajustes de graves e agudos no nível 5, percebemos que a caixa puxa um tanto para as frequências mais baixas, mas isso é fácilmente regulável. Dois níveis a mais nos agudos permitem que violinos e saxofones brilhem tanto quanto os contrabaixos.

Vale a pena?

A 4 mil reais, a Marshall Woburn é certamente uma caixa de boutique. Ela é linda, potente e certamente cria um som de qualidade excepcional. Ouvir boa música, com arquivos em formatos sem perdas é um prazer para os ouvidos, mas isso certamente pode ser feito com um conjunto de caixas mais em conta. A Woburn se sentiria em casa em um encontro de motos (clássicas), em meio a jaquetas (importadas), jeans rasgados (propositalmente) e muita cerveja (artesanal). Ela é um ente cujo preço e qualidade de construção indicam refinamento, mas cuja aparência e nome expressam uma praticalidade bruta, quase rude, que remete aos nostálgicos anos 70.

Ficha técnica

Potência80W
Tamanho dos Drivers2 x 1 polegada + 2 x 5,25 polegadas
Frequência de resposta35 - 22 000 Hz
Entradas P2, óptica, RCA e Bluetooth

Avaliação técnica

PrósSom excepcional, muito alto, não distorce;
ContrasFalta de sensação estéreo, preço alto;
ConclusãoCaixa que se vende tanto pelo visual, quanto pela qualidade sonora, mas cobra caríssimo por isso;
ÁUDIO9,5
COMPATIBILIDADE9,0
CONEXÕES9,0
DESIGN9,0
Média9.0
Preço4000
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