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Mark Zuckerberg ligou para Obama para reclamar de ações da NSA

No desabafo breve, Zuckberg contou que a equipe do Facebook trabalha sempre para garantir a segurança; no entanto, esperam enfrentar criminosos, e não o governo

zuck (Getty Images)

zuck (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2014 às 17h44.

Fundador e atual CEO do Facebook, Mark Zuckerberg escreveu um texto de revolta e frustração em sua página oficial na rede social. O norte-americano demonstrou indignação em relação às ações recentes da agência de segurança dos EUA, a NSA, e afirmou ter ligado para o presidente Barack Obama para expressar sua decepção.

No desabafo, Zuckberg contou que a equipe do Facebook trabalha sempre para garantir a segurança de todos os usuários do site. “Nós criptografamos as comunicações, usamos protocolos seguros para tráfego e estimulamos as pessoas a usar autenticações de múltiplos fatores”, escreveu. Mas complementou: “Quando nossos engenheiros trabalham para melhorar esses recursos, imaginamos estar protegendo vocês de criminosos, e não do governo”.

“O governo deveria ser o campeão da internet, e não uma ameaça”, afirmou Zuck, recomendando mais transparência aos políticos – ou coisas ainda piores podem acontecer. O dano já foi feito, e a reforma completa ainda vai levar um bom tempo para ser concluída, segundo o fundador do Facebook. “Mas juntos, nós podemos construir um espaço melhor do que tudo que temos hoje, além de seguro.”

A postagem de Zuckberg vem um dia depois da divulgação de novos documentos sigilosos, que afirmam que a NSA chegava a “se disfarçar” de Facebook para infectar computadores de alvos com malware. Nesta quinta-feira, a agência chegou a desmentir os arquivos, mas a resposta do CEO da rede social veio ainda assim – acreditar em uma declaração do órgão oficial depois de tantos escândalos não é tarefa das mais fáceis.

Controvérsia – Apesar da declaração contrária às atitudes dos espiões, o Facebook não tem um histórico dos melhores quando o assunto é privacidade. A empresa chegou a fazer parte, mesmo que minimamente, da PRISM, a rede de vigilância mantida pelo governo norte-americano que deu início ao escândalo de espionagem no ano passado.

Além disso, a rede social é conhecida por utilizar as informações de seus usuários para direcionar anúncios e sugestões de páginas. Novos recursos visando fazer uso do grande volume de dados também são frequentemente testados pela companhia, que se mantém muito graças a isso. Mas é claro que há uma diferença enorme entre o Facebook e a NSA: no caso do site, a entrega de informações é consensual. 

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