AI (Getty Images)
Lucas Agrela
Publicado em 22 de abril de 2014 às 11h14.
Mark Zuckerberg, o CEO do Facebook, investiu 40 milhões de dólares, cerca de 94 milhões de reais, em uma empresa especializada em tecnologias de inteligência artificial. Vicarious é uma companhia que tenta reproduzir o neocórtex, uma parte do cérebro humano que realiza cálculos, enxerga, controla o corpo e entende um idioma.
De acordo com o The Wall Street Journal, o cofundador do Facebook não foi o único responsável pela quantia investida. O bilionário Elon Musk, que participou na criação de empresas como a montadora Tesla e a SpaceX (que pretende oferecer viagens ao espaço), e o ator Ashton Kutcher também teriam se aliado a Zuckerberg para que o valor chegasse aos 40 milhões de dólares.
A ideia da Vicarious é fazer com que o computador pense como uma pessoa, mas não preciso comer ou dormir, tornando-se uma espécie de ser humano mais eficiente. "Nós dizemos aos investidores que, agora, os seres humanos fazem um monte de coisas que os computadores deveriam capazes de fazer, diz Scott Phoenix, cofundador da companhia.
"Se traduzirmos o neocórtex em um código para computadores, teremos uma máquina que pensa como uma pessoa, mas não come e não dorme", afirma Phoenix.
Como funciona a tecnologia da Vicarious ainda é um mistério. A empresa revela pouco sobre seu produto. Uma das poucas coisas divulgadas é que seu software é capaz de resolver em 90% das tentativas o código CAPTCHA, que é um sistema de verificação de segurança que exige a interação de um humano para ler as letras e números de uma imagem e então digitá-los.
Entretanto, até a Vicarious realmente lançar um produto ainda levará algum tempo. Phoenix reconhece que precisará de uma equipe de engenheiros maior, bem como mais cinco ou dez anos de pesquisa e desenvolvimento.
Vale lembrar que o Facebook trabalha no projeto DeepFace, que se dedica ao reconhecimento facial, e que na semana passada a empresa informou que a taxa de exatidão de identificação de sua tecnologia é de 97,25%, enquanto a média de reconhecimento de rostos dos seres humanos é 97,5%.
O Google também investiu recentemente em inteligência artificial. A companhia comprou a DeepMind, em janeiro deste ano, mas seu objetivo é usar as técnicas da empresa para melhorar seu sistema de buscas.