Marina Silva (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h28.
Foz do Iguaçu - A ex-ministra do Meio Ambiente e ex-candidata à presidência Marina Silva declarou neste sábado que a crise ambiental é mais grave do que a crise econômica e social.
"Se esta crise não for resolvida, podemos comprometer o futuro da vida no planeta", afirmou.
A ex-ministra também comentou os últimos fatos no país, que passa por uma maré de protestos e manifestações. De acordo com ela, há uma crise múltipla no mundo todo, que no Brasil começa a aparecer agora.
"Está surgindo um novo sujeito político, resultado da necessidade de uma atualização da política, em função de profundas mudanças materiais, culturais e de comunicação", declarou.
"Não são dirigidos por sindicatos ou partidos, são 'ativistas autorais'", explicou.
"Quando as instituições políticas que conhecemos foram criadas a partir da Revolução Francesa e a Revolução Americana, havia 1 bilhão de pessoas no mundo. Hoje somos 7 bilhões", comentou Silva.
A ex-ministra argumentou que "é preciso ser cego ou ter muita fé para acreditar que tudo seguiria igual", apesar das mudanças que a internet trouxe na produção de conhecimento, cultura, espiritualidade, negócios e informação.
Marina Silva também chamou atenção para a crise social, econômica e de legitimidade política que são parte dessa multiplicidade.
"Embora não queiramos ter uma visão catastrófica, não podemos ter uma visão alienada", defendeu Marina Silva, que também agradeceu a presença dos participantes em sua apresentação, que ocorreu no mesmo horário da partida entre Brasil e Itália pela Copa das Confederações.
A ex-ministra e ex-senadora esteve presente no último dia da quarta edição do Fórum Mundial do Meio Ambiente, que ocorreu em Foz do Iguaçu.
O evento, organizado pelo grupo empresarial brasileiro Doria, se centrou este ano no tema "2013: Ano internacional de cooperação pela água".