O CEO e cofundador da Meta, Mark Zuckerberg, não poupou elogios ao homem mais rico do mundo, Elon Musk, durante a conferência de resultados na empresa na quarta-feira, 29.
Para Zuckerberg, a plataforma X (antigo Twitter) e seu sistema de checagem colaborativa, conhecido como Community Notes, é "mais eficaz" do que o antigo modelo adotado pelo Facebook. O executivo também defendeu a recente decisão da Meta de substituir verificadores terceirizados por um método semelhante ao adotado por Musk.
"Não tenho medo de admitir quando alguém faz algo melhor que nós. Nosso trabalho é implementar o melhor sistema possível", disse Zuckerberg, acrescentando que as plataformas da Meta "vão melhorar por causa da mudança".
A relação entre Zuckerberg e Musk é marcada por rivalidades, incluindo a icônica troca de desafios para uma luta em um ringue em 2023. Mas, agora, os bilionários enfrentam um raro momento de consenso.
Esta é a segunda vez em poucas semanas que Zuckerberg reconhece publicamente a abordagem do X para moderação de conteúdo. No dia 7 de janeiro, em um vídeo anunciando mudanças nas políticas da Meta, ele declarou que a empresa "iria se livrar dos verificadores de fatos e substituí-los pelo Community Notes, similar ao X".
Musk aprovou a mudança, comentando em um post no X: "Isso é incrível".
O chefe de assuntos globais da Meta, Joel Kaplan, reforçou a posição de Zuckerberg em uma publicação no blog oficial da empresa. Ele destacou que o modelo da Community Notes tem menor viés, pois exige que pessoas de diferentes perspectivas concordem sobre quais informações contextuais são úteis para os usuários.
"Vimos essa abordagem funcionar no X, onde a comunidade decide quando postagens são potencialmente enganosas e precisam de mais contexto", escreveu Kaplan, afirmando que o modelo reduz parcialidade e pode ser mais justo do que os verificadores tradicionais.
Ao que tudo indica, a Meta está adotando uma estratégia mais próxima da filosofia de Musk para moderação de conteúdo, dando mais poder aos usuários e menos a verificadores institucionais. Resta saber se a aposta trará os resultados prometidos.