Tecnologia

Mais de 60% do tráfego na web vem de ‘bots’, diz pesquisa

Aumento é de 21% em relação ao ano passado; parcela de robôs do bem cresceu 55%, enquanto spammers perderam espaço

robos (Ѕolo / Flickr)

robos (Ѕolo / Flickr)

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Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2013 às 13h21.

Um estudo divulgado na última semana trouxe um dado um tanto preocupante: pessoas “de verdade” são minoria na internet. Publicada pela Incapsula, a pesquisa mostra que 61,5% de todo tráfego na web é gerado por robôs das mais variadas funcionalidades.

A análise, feita durante 90 dias, envolveu 1,45 bilhão de visitas a um grupo de 20 mil sites que fazem parte da rede da companhia. Segundo os pesquisadores, o tráfego analisado engloba todos os 249 países no mundo, e o aumento no número de “não humanos” foi de 21% em relação a 2012 – no ano passado, as pessoas representavam 49% do total, contra 51% de bots.  

Esse 61,5% de tráfego gerado por robôs é composto, em maioria, pelo que vem de engines de buscadores (Google, Bing e Yahoo!, por exemplo) e outros “bots do bem”. Eles representam 31% do total, enquanto outros 5% da movimentação vem de scrapers (sites falsos), 4,5% de ferramentas usadas por crackers e 0,5% de spammers.

Por fim, os outros 20,5% são gerados por outros “impostores”. Eles são bots sem classificação, que podem ser usados, por exemplo, em ataque DDoS de Layer 7 (ou sétima camada), mais sofisticados, podendo chegar ao ponto de serem praticamente indetectáveis.

Mas apesar do aumento no geral, ainda são visíveis algumas melhorias. O número de spammers em relação a 2012, por exemplo, caiu 75%, enquanto o de “bots bons” – “agentes certificados de software legítimos”, como a empresa classifica – subiu 55%, muito devido a novos tipos de robôs. A Incapsula cita como exemplos “alguns serviços voltados para SEO, que acessam um site a uma média de 30 a 50 visitas por dia”.

A redução nos spams, no entanto, foi “compensada” por um aumento na sofisticação de ataques, feitos pelo grupo de “Outros impostores” – que cresceu 8% no intervalo de um ano. De acordo com o estudo, todos os bots dessa parcela têm em comum a tentativa de assumir outra identidade, seja de um robô de engine de busca ou de um usuário humano simulado.

Além disso, como destaca a Incapsula, eles são “normalmente criados para atividades maliciosas muito específicas”, o que os coloca como bots de “nível mais elevado”. 

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