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Mais da metade da população mundial não usa a internet

O problema é que nos países mais pobres, um pacote mensal de banda larga fixa custa mais da metade de um salário médio anual

Internet: cerca de 3,9 bilhões de pessoas não têm acesso à internet em casa ou no celular (sxc.hu/Reprodução)

Internet: cerca de 3,9 bilhões de pessoas não têm acesso à internet em casa ou no celular (sxc.hu/Reprodução)

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AFP

Publicado em 22 de novembro de 2016 às 16h08.

Última atualização em 22 de novembro de 2016 às 17h24.

Mais da metade da população mundial não usa a internet devido ao custo proibitivo da banda larga, afirma um relatório das Nações Unidas divulgado nesta terça-feira em Genebra.

A União Internacional de Telecomunicações da ONU (ITU, siglas em inglês) disse que cerca de 3,9 bilhões de pessoas não têm acesso à internet em casa ou no celular, e que o problema é maior entre as "mulheres, os idosos, as pessoas menos educadas, com rendas mais baixas e os moradores de zonas rurais".

A ITU destaca que o maior obstáculo é o custo do acesso à banda larga, que apesar de ter ficado mais barata nos últimos dez anos, continua sendo "claramente inacessível" em muitos países pobres.

Em 2008, o preço médio de uma conexão fixa de banda larga no mundo era de 80 dólares mensais, uma tarifa que caiu para 25 dólares no ano passado, segundo a organização.

No entanto, nos países mais pobres, um pacote mensal de banda larga fixa com apenas um gigabyte de dados - que é aproximadamente a quantidade necessária para baixar um filme - ainda custa mais da metade de um salário médio anual.

A internet em dispositivos móveis pode ser uma solução para ampliar o acesso, disse a ITU, observando que as redes de banda larga móvel cobrem tecnicamente 84% da população mundial.

Mas para muitos, o custo do aparelho é a maior barreira econômica para o acesso à internet móvel, de acordo com a organização.

"Em 2016, as pessoas não ficam mais on-line, elas estão on-line", diz o relatório.

"No entanto, muitas pessoas ainda não estão usando a internet, e muitos usuários não se beneficiam plenamente do seu potencial", acrescenta.

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