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Maioria dos usuários do WhatsApp realiza ligações pelo app

Tempo de ligações telefônica tradicionais caiu logo que o recurso foi lançado


	WhatsApp: app é usado para ligações gratuitas via internet
 (Brent Lewin/Bloomberg)

WhatsApp: app é usado para ligações gratuitas via internet (Brent Lewin/Bloomberg)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 8 de março de 2016 às 15h15.

São Paulo – A maioria dos usuários do WhatsApp realiza chamadas de voz pelo aplicativo. Segundo uma pesquisa realizada pela Opinion Box e divulgada nesta semana, 62,7% das pessoas que utilizam o app fazem ligações com ele e notaram uma melhora na qualidade desse serviço nos últimos seis meses.  

Mais da metade dos usuários (52,4%) informaram que haviam feito chamadas de voz no WhatsApp nas últimas 24 horas, enquanto 30,8% disseram ter usado a função pela última vez entre um e sete dias. 

O app segue como o mensageiro mais usado em smartphones, segundo 96,2% dos 1.895 brasileiros consultados. O Facebook Messenger ficou com a segunda colocação, enquanto o Telegam (adotado por muitos durante o bloqueio temporário do WhatsApp) ficou em terceiro.  

A melhoria da qualidade das ligações também foi constada na pesquisa. Em julho de 2015, quase 20% deram notas 1 e 2 numa escala progressiva de qualidade que vai de 1 a 5. Esse valor caiu para 11,5% no último levantamento, enquanto a quantidade de notas 3 subiu de 28,1% para 34,7%. As notas 4 e 5 tiveram aumento de 1,6%, atingindo 53,7%. 

Efeito WhatsApp

Segundo um levantamento da Teleco (associação de profissionais do setor de telecomunicações) divulgado em junho do ano passado, no trimestre em que o recurso de chamadas de voz do WhatsApp foi lançado, a quantidade média de minutos de ligações nas operadoras de celular caiu para 111 minutos mensais, em relação aos 134 minutos do último trimestre de 2014. 

Outra mudança provocada pelo app é a redução da quantidade de linhas de telefonia móvel. Em cinco meses de 2015, mais de 10 milhões de linhas foram canceladas. O motivo seria a adoção do aplicativo para a comunicação, o que elimina a necessidade de ter chips de operadoras distintas para falar com seus contatos.  

O ano passado também foi marcado por ataques da Vivo ao WhatsApp. Amos Genish, presidente da Vivo, chegou a chamar o WhatsApp de operadora pirata por não pagar taxas sobre os números por meio dos quais oferece seu serviço de mensagens e ligações. 

O WhatsApp tem planos de lançar um recurso de videochamadas no futuro – e a empresa, que atualmente tem 120 funcionários, vai mirar no mercado corporativo para sua monetização, não mais nos usuários finais (por isso o fim da anuidade foi recentemente declarado).  

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