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Maioria de espécies ameaçadas são “invisíveis”

Modelos atuais criam distorção nos estudos de distribuição

Sapo em folha: foram reunidos dados disponíveis de 733 anfíbios na África Subsariana (Klemens Bottig/Wikimedia Commons)

Sapo em folha: foram reunidos dados disponíveis de 733 anfíbios na África Subsariana (Klemens Bottig/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2014 às 16h39.

São Paulo - Uma equipe internacional de pesquisadores descobriu que a maioria das espécies ameaçadas se torna “invisível”, quando se usam modelos modernos para prever sua distribuição com a mudança do clima.

Os cientistas utilizaram anfíbios africanos, e constaram que mais de 90% das espécies listadas como ameaçadas pela Lista Vermelha da União Internacional de Conservação da Natureza acabam sendo omitidas por estes modelos.

Foram reunidos dados disponíveis de 733 anfíbios na África Subsariana. Destes, 400 têm muito poucos registros para sem usados na modelagem de distribuição em escala continental.

O estudo, das Universidades de York, na Inglaterra, e Copenhague, na Dinamarca, e do Centro de Monitoramento Mundial do Programa Ambiental da ONY, em Cambridge, na Inglaterra, foi publicado hoje na Diversity and Distributions.

Segundo Philip Platts, de York, e principal autor da pesquisa, “métodos modernos de previsão de distribuição das espécies deixam de fora aquelas raras e ameaçadas. Isto porque estas espécies, quase por definição, têm poucos dados de sua distribuição espacial para serem modeladas por ferramentas padrão. Examinamos se sua ausência faz diferença no estabelecimento de prioridades de conservação, agora ou em climas futuros.”

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