Fast: maior radiotelescópio do mundo será usado na busca por vida alienígena (China Photo Press/Getty Images)
Victor Caputo
Publicado em 15 de outubro de 2016 às 12h52.
São Paulo – O maior radiotelescópio do mundo vai auxiliar nas buscas por vida alienígena. Localizado na China, o Fast desalojou nove mil pessoas para que sua construção fosse realizada.
A China anunciou que o Fast será usado em uma parceria com a Breakthrough Listen nas buscas por vida fora da Terra. Caso você não se lembre, a Breakthrough Listen é uma fundação do bilionário russo Yuri Milner com objetivo em achar sinais de vida extraterrestre. O projeto ainda conta com parceria com o astrofísico Stephen Hawking.
O Fast teve sua construção finalizada em julho deste ano. Vale dizer que desde o início o intuito do radiotelescópio era buscar por sinais de vida fora de nosso planeta. Cientistas envolvidos no desenvolvimento afirmam que o Fast tem dez vezes mais chances de captar sinais de vida do que outras ferramentas disponíveis.
"Temos a responsabilidade de não parar de procurar", disse Milner quando anunciou seu projeto. A nova parceria trará maiores chances de sucesso no projeto.
O anúncio foi realizado em conjunto entre um representante dos Observatórios Astronômicos Nacionais da China, o professor Jun Yan, e outro da Breakthrough Listen.
O Fast fica na província de Guizhou, na China. Ele tem uma antena de 500 metros de diâmetro e custou 184 milhões de dólares. Telescópios como ele captam ondas de rádio em vez de luz, como os tradicionais fazem.
“Um radiotelescópio é como um ouvido sensível escutando mensagens de rádio significativas do ruído branco do universo”, explicou Nan Rendong, cientista chefe do Fast, durante a sua construção.
O telescópio chinês é composto por 4.350 painéis triangulares que se agitam para cima e para baixo. O movimento dos painéis altera a forma da antena, que é capaz de refletir sinais de rádio do universo para um ponto específico, onde a cúpula receptora do Fast está.
Quase duas vezes maior em diâmetro do que a antena do Observatório Arecibo (300 metros), que era a maior do mundo, o Fast terá uma sensibilidade de três a cinco vezes maior do que a do seu rival.