EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h29.
SÃO PAULO - Uma mãe americana está processando a Sony, que considera culpada pelo suicídio de seu filho viciado no game Everquest no último feriado de Ação de Graças.
O problema, diz o site TheRegister, é que Shawn Woolley, 21 anos, jogou o game até poucos minutos antes de dar um tiro em si mesmo. Segundo sua mãe, o garoto costumava jogar diariamente Everquest por até 12 horas seguidas. Ela reclama que, além de ter largado o emprego e deixado a família de lado, seu filho ainda teve repetidos ataques epiléticos por causa do jogo.
O advogado de Miami que representa a senhora Wooley quer obrigar a Sony a colocar selos de advertência - como os dos maços de cigarro - na embalagem dos games, avisando que o uso extensivo dos mesmos pode ser perigoso à saúde.
O Register diz que médicos já haviam afirmado que Shawn, além de obeso e muito solitário, sofria de depressão e esquizofrenia. No parecer deles, Everquest era uma espécie de válvula de escape para o rapaz.
Não há como provar se o jogo realmente teve alguma responsabilidade no suicídio. Mas existe o caso de um outro garoto de 21 anos que, depois de jogar Everquest por 36 horas seguidas, sofreu um sério distúrbio psicótico causado pela falta de sono. O rapaz, que cabulava aulas na faculdade para se dedicar a seu vício, teve alucinações e acreditava que os personagens tinham saído do jogo e o perseguiam pelas ruas.