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Loja física testa pagamento móvel para evitar filas

O Suplicy Café é uma das poucas varejistas que oferecem ao cliente soluções de pagamento móvel no Brasil

Celular (Getty Images)

Celular (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2014 às 06h59.

O gerente de banco Luiz Gustavo de Almeida paga a conta no Suplicy Café, no bairro Jardins, em São Paulo, sentado na sua mesa, sem passar pelo caixa ou abrir a carteira. Ele é um dos clientes que já utiliza a solução de pagamento móvel oferecida pela rede desde o início do ano, por meio de uma parceria com o Paypal. "É mais prático. Não pego fila para pagar e, às vezes, venho para o café só com o celular no bolso."

O Suplicy Café é uma das poucas varejistas que oferecem ao cliente soluções de pagamento móvel no Brasil. A empresa participa de um projeto-piloto global do Paypal para viabilizar a tecnologia - a forma de pagamento já representa 5% das transações. O usuário deve ter uma conta no Paypal - na qual tem cartões cadastrados - e baixar o aplicativo da empresa. Na hora de pagar a conta, faz o check-in na loja (por meio do aplicativo) e aguarda o atendente lhe enviar a mensagem de pagamento (ele usa um tablet). O cliente só deve confirmar o pagamento no celular e o valor será descontado de seus cartões pré-cadastrados.

"Para a loja é mais uma forma de pagamento. Há uma necessidade de treinamento dos atendentes, mas o cliente que usa se torna assíduo", disse Marco Suplicy, dono da cafeteria, que tem a solução em 5 lojas e pretende ampliar para 11 este ano.

Uma pesquisa do Paypal com 15 mil pessoas em 15 países divulgada hoje mostra que o brasileiro é o cliente que mais deseja facilidades para pagar com celular - o índice é de 30% dos entrevistados, acima da média global de 20%. De olho nisso, a empresa testa no Brasil uma solução para pagamento móvel no varejo físico. "Deixamos de ser uma empresa focada no varejo online e nos voltamos ao comércio como um todo. Isso aumenta em dez vezes nossas oportunidades de negócios", disse o diretor do Paypal para a América Latina, Mario Mello. O Paypal pode cobrar tarifas sobre as transações na loja.

A empresa ainda não tem planos de expansão da tecnologia no Brasil e diz que está focada em entender dificuldades e oportunidades na operação. Ainda neste ano, o Paypal vai testar no Suplicy Café tecnologias que permitem, por exemplo, fazer pedidos pelo aplicativo e oferecer promoções. "Não queremos só oferecer um novo meio de pagamento, mas uma nova experiência de compra", disse Mello.

Existem outras ações que aliam o celular ao varejo físico no País. No Rio, há um projeto-piloto para uso do celular no pagamento da passagem de ônibus. Em São Paulo, a novidade está sendo testada no delivery de supermercados em três estações de metrô. Um adesivo com imagens de produtos imita a gôndola e o cliente escaneia o QR code para fechar a compra pelo celular e receber em sua casa.

As varejistas americanas estão na frente nessa corrida. Redes como J.C. Penney e Nordstrom já recebem pagamentos pelo celular e 61% delas estão desenvolvendo soluções ou têm planos para os próximos 12 meses, segundo pesquisa de agosto da Yankee Group IT com lojas que têm mais de 500 funcionários.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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