Tecnologia

EXCLUSIVO: Loft registra crescimento de 30% na receita e fecha 2023 com lucro

Passado o inverno, a startup de tecnologia para imobiliárias comemora marco que é divisor de águas entre as unicórnios

Executivos da Loft: (da direita para esquerda) Andressa Carrasqueira, Head de Plataforma; Felipe Morgado, Head de Estratégia Financeira; Luis Bitencourt-Emilio, CTO; Staphanie Lopes, Head de People; Ligia Gutierrez,Head de Novos Negócios; Kristian Hubner, CFO; Mate Pencz, Founder and CEO; Sandro Westphal,Head de Fintech; Marcel Regis, COO (Germano Lüders/Exame)

Executivos da Loft: (da direita para esquerda) Andressa Carrasqueira, Head de Plataforma; Felipe Morgado, Head de Estratégia Financeira; Luis Bitencourt-Emilio, CTO; Staphanie Lopes, Head de People; Ligia Gutierrez,Head de Novos Negócios; Kristian Hubner, CFO; Mate Pencz, Founder and CEO; Sandro Westphal,Head de Fintech; Marcel Regis, COO (Germano Lüders/Exame)

André Lopes
André Lopes

Repórter

Publicado em 8 de dezembro de 2023 às 13h00.

Última atualização em 18 de julho de 2024 às 17h06.

No reino dos míticos unicórnios, chegar até a linha do break even, termo para quando a empresa passa a dar lucro, é uma busca incessante, mas que para ser atravessada depende de uma série de fatores além da boa gestão dos negócios.

No caso da Loft, uma das pioneiras no uso intensivo de tecnologia para resolver ineficiências do mercado imobiliário brasileiro, o momento chegou. Nesta sexta-feira, 8, a empresa divulgou com exclusividade à EXAME que passou a ser lucrativa.

O tempo para atingir a meta foi um recorte entre as companhias acima de um bilhão de valor de mercado na América Latina. Também é razoável ao considerar o tempo de existência da companhia, criada há 5 anos, e a ressaca de venture capital pela qual passou durante o ano de 2022.

O marco vem acompanhado de um aumento de 30% nas receitas do quarto trimestre, na comparação com o período anterior. Internamente, a empresa também chega ao fim de 2023 bastante diferente de quando precisou azeitar a receita para manter os investidores satisfeitos.

Entre as mudanças, a mais notável foi a reestruturação dos times, que iniciou com um corte de 30% de pessoal, depois de uma fase de contratações exponenciais.

O seguinte foi escantear a compra, reforma e revenda de imóveis, o foco do negócio da Loft nos primeiros anos, e trazer ao centro o marketplace de serviços para imobiliárias parceiras da Loft. Foi, portanto, uma guinada para longe do B2C foi o que garantiu a nova fase da companhia.

"O que ajustamos na rota foi mudar a intensidade das apostas. Uma das iniciativas mais importantes neste sentido foi a expansão do Portfólio Único Integrado (PUI) para toda a região Sul, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Essa ferramenta permite que imobiliárias compartilhem seus imóveis, possibilitando a divisão de comissões. A adoção tem um impacto direto na eficiência do mercado: enquanto nos EUA o tempo médio para venda de um imóvel é de aproximadamente três meses, no Brasil, é de 16 meses. Podemos mudar isso", conta Marcel Régis, COO da companhia.

A solução pactua regras de mercado que multiplicam as vendas de todos os participantes. As imobiliárias participantes do PUI estão registrando um incremento de cerca de 20% nas vendas por conta desta nova solução”, conta Marcel Régis, COO da companhia desde julho do ano passado, após uma carreira de duas décadas em cervejarias.

Para Régis, o ganho de eficiência também tem uma contribuição do aperfeiçoamento de processos internos, como a inclusão de inteligência artificial para gerar melhoria do conteúdo entregue a quem faz uma busca no site. IA também entrou para garantir que a comissão devida aos corretores e imobiliárias fossem pagas, evitando vendas por fora no marketplace da Loft. Ao fim, essas e outras ferramentas trouxeram uma redução do CAC (custo de aquisição de clientes) superior a 70%.

Acompanhe tudo sobre:StartupsLoft

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