Tecnologia

Livro digital pode democratizar acesso

São Paulo - Dados do Observatório do Livro e da Leitura indicam que pelo menos 3% dos leitores brasileiros são adeptos de mídias digitais. O número corresponde a 4,7 milhões entre os 95 milhões das pessoas que têm o hábito de ler. Segundo a entidade, a tecnologia pode representar a democratização da leitura, porém o […]

Entidade está otimista com a maior oferta dos livros digitais: ´podem ser uma oportunidade tanto para os ricos quanto para os pobres´ (.)

Entidade está otimista com a maior oferta dos livros digitais: ´podem ser uma oportunidade tanto para os ricos quanto para os pobres´ (.)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

São Paulo - Dados do Observatório do Livro e da Leitura indicam que pelo menos 3% dos leitores brasileiros são adeptos de mídias digitais. O número corresponde a 4,7 milhões entre os 95 milhões das pessoas que têm o hábito de ler. Segundo a entidade, a tecnologia pode representar a democratização da leitura, porém o mercado ainda mostra-se receoso.

"O livro digital pode trazer uma contribuição formidável para a sociedade na medida em que o livro se torne mais acessível às massas", explicou o diretor do Observatório do Livro e da Leitura, Galeno Amorim durante o encerramento do 1º Congresso Internacional de do Livro Digital no Brasil, realizado em São Paulo.

Segundo ele, no Brasil 77 milhões de pessoas não têm o hábito de ler livros por razões econômicas e sociais. "É importante ressaltar que o livro digital é uma oportunidade tanto para os ricos quanto para os pobres: se por um lado vamos democratizar o livro para todas as classes, também vamos disponibilizar títulos que não estão mais disponíveis no mercado."

Porém, a nova tecnologia ainda desperta incertezas no mercado. O gerente de Comunicação e Serviços da Câmara Brasileira de Livros (CBL), Nilson Hashizumi, disse que mesmo com o crescimento deste setor (em 2009 foram vendidos 333 milhões de exemplares, representando um volume de R$ 3,3 bilhões) os editores de livros estão receosos sobre o futuro da leitura digital.

"De um modo geral, os editores temem que com o mercado de livros aconteça o mesmo que ocorreu com o mercado fonográfico", disse Hashizumi. Para Galeno, o livro digital "traz riscos, mas também oportunidades de negócios". "A crise econômica ajudou os livros digitais na Califórnia, por exemplo: o governo decidiu só comprar livro digital para economizar", disse.

Galeno explicou que o comércio digital não se resume às livrarias. "As bibliotecas também serão digitalizadas e estes espaços tendem a se tornar centros de cultura. Este novo advento não significa que será o fim do livro em papel".

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Tecnologia

Quem é Ross Ulbrich? Fundador de marketplace de drogas recebeu perdão de Trump

Microsoft investe em créditos de carbono no Brasil

Apple está perto de conseguir um acordo para liberar as vendas do iPhone 16 na Indonésia

Musk, MrBeast ou Larry Ellison: quem vai levar o TikTok?