LinkedIn: a capacidade de ter seguidores será inicialmente restrita a 150 usuários (Justin Sullivan/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 2 de outubro de 2012 às 19h09.
São Francisco - A rede social para profissionais LinkedIn permitirá que seus usuários "sigam" e recebam atualizações de pessoas que não fazem parte de suas listas pessoais de contatos, uma decisão que pode convencer os usuários a passar mais tempo no site.
O novo recurso, anunciado pelo LinkedIn na terça-feira, segue o exemplo de outras redes sociais populares, como o Twitter e o Facebook, nas quais os usuários podem receber atualizações de líderes, celebridades e outras pessoas com grande número de seguidores.
Até o momento, a rede social de 175 milhões de habitantes do LinkedIn era mais fechada, servindo a pessoas que formam redes de contatos de negócios e profissionais, e muitas vezes era usada apenas para busca de empregos. Os usuários do LinkedIn só podiam compartilhar informações com seu círculo imediato de contatos no serviço.
O novo recurso significa que celebridades e usuários comuns do LinkedIn poderão postar mensagens e compartilhar fotos e links para artigos noticiosos que poderão ser vistos por grande número de pessoas.
A capacidade de ter seguidores será inicialmente restrita a 150 usuários que a companhia selecionou previamente, entre os quais Richard Branson, do Virgin Group; o cozinheiro Marcus Samuelsson; e Ariana Huffington, presidente do Huffington Post. O presidente Barack Obama e o candidato republicano à presidência Mitt Romney também fazem parte da lista.
No futuro, qualquer usuário do LinkedIn poderá ter seguidores, informou a companhia.
A mudança pode convencer os usuários a dedicar mais tempo ao LinkedIn, o que permitiria que a companhia gerasse mais receita publicitária.
Os usuários norte-americanos do LinkedIn dedicaram em média 20,6 minutos ao site em agosto, ante 402,9 minutos ao Facebook, de acordo com dados da comScore. E os usuários do LinkedIn fizeram em média 5,4 visitas ao site em agosto, ante 35,6 visitas de usuários do Facebook.
A decisão surge em um período no qual o LinkedIn enfrenta concorrência de rivais que oferecem serviços semelhantes diretamente na rede do Facebook, a exemplo da BranchOut, que em abril anunciou que seu app para o Facebook tinha 25 milhões de usuários.
O LinkedIn, que faturou 522 milhões de dólares no ano passado, ganha dinheiro vendendo anúncios e assinaturas premium, e oferecendo serviços especializados aos profissionais de recursos humanos.