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Líder supremo do Irã diz que negociações nucleares são 'inúteis'

Aiatolá Ali Jomeneí, afirmou nesta segunda-feira que não se opõe às negociações

Nuclear (Getty Images)

Nuclear (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2014 às 09h39.

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Jomeneí, afirmou nesta segunda-feira que não se opõe às negociações nucleares, mas assinalou que acredita que serão "inúteis", um dia antes que estas sejam retomadas em Viena para chegar a um pacto nuclear definitivo entre Irã e a comunidade internacional.

Apesar das dúvidas, Khamenei respaldou a atividade do Ministério das Relações Exteriores, cujo titular, Mohamad Yavad Zarif, lidera o diálogo com o Grupo 5+1 (China, Rússia, EUA, Alemanha, França e Reino Unido), e assegurou que Teerã respeitará o estipulado, em um encontro nesta segunda-feira com residentes do leste do Azerbaijão, informou a agência de notícias nacional "Irna".

"A tarefa iniciada pelo Ministério das Relações Exteriores continuará. O Irã não romperá com a promessa que fez. No entanto, digo que é inútil (negociar) e que não levará a nada. Mas os oficiais farão o esforço", assinalou em seu discurso, recolhido em seu site.

"A razão das minhas dúvidas ficou clara nas recentes e infundadas alegações de senadores e altos cargos dos Estados Unidos contra o povo iraniano", explicou, em referência às recentes críticas em direção a Teerã por parte de altos cargos em Washington.

Segundo o líder espiritual e político iraniano, os "insultos" americanos não servem mais do que para encorajar uma "resposta arrasadora".

Para Khamenei, se chegar a resolver a questão nuclear, os mEUA encontrariam em breve alguma outra questão, como a capacidade de míssil iraniano ou os direitos humanos, para criticar a República Islâmica.

Zarif viajou hoje a Viena, onde jantará nesta noite com a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, e serão reiniciadas amanhã as negociações nucleares.

Já definidos os parâmetros para a aplicação do acordo de princípios assinado em novembro e depois que este entrou em vigor em 20 de janeiro, as partes deverão começar amanhã a debater um acordo definitivo que ponha fim a dez anos de crise entre Irã e o mundo.

A comunidade internacional teme que a República Islâmica pretenda desenvolver armas nucleares, algo que o Irã nega ao mesmo tempo em que exige que o mundo respeite seu direito de realizar um programa nuclear com fins pacíficos.

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