Optimus G
Da Redação
Publicado em 31 de maio de 2013 às 10h45.
Avaliação de Cauã Taborda / Além de superar o Nexus 4 em vários quesitos, o Optimus G replica suas qualidades com e defeitos com o design. Fino e elegante, o smartphone traz uma superfície em Gorila Glass nas duas faces, o que garante um toque extremamente confortável. Por outro lado, há certa fragilidade nessa escolha, já que as duas superfícies se tornam mais suscetíveis a rachaduras em caso de quedas. Por ser completamente liso, o aparelho também é escorregadio em mesas e, por não haver nenhum desnível, o som fica abafado se a tela não estiver virada para baixo.
Minimalista, o Optimus G traz só dois botões físicos. A alavanca para controle de volume, em uma das laterais, e o botão para bloquear/desbloquear a tela na lateral oposta. Como não há entrada para cartão microSD, nem mesmo possibilidade de remover a bateria, o acesso ao cartão SIM é feito por uma fenda lateral. Para destravar a tampa é necessário utilizar algo capaz de passar pelo pequeno orifício da trava. O mais indicado é usar a própria peça que a LG fornece, mas, em caso de emergência, um pequeno clipe dará conta do recado.
Logo abaixo da tela de 4,7 polegadas há três botões sensíveis ao toque. São eles: Voltar, Home e Menu. Com resolução HD (1.280 por 768 pixels), a tela IPS desse aparelho é seu ponto forte. Com ótimo nível de brilho, bom ângulo de visão e fidelidade nas cores, é difícil não nota-la.
Apesar de não ser uma tela AMOLED, a tela do Optimus G oferece boa taxa de contraste. Com mais de 400 nits de brilho, a leitura é confortável em dias ensolarados. Por outro lado, a tela é bastante reflexiva, o que pode prejudicar o uso em determinadas situações. A resposta aos toques é extremamente eficaz, inclusive nos cantos, que normalmente são um ponto fraco. Isso faz com que seja fácil tirar proveito do recurso de anotações do aparelho.
Armado com um Snapdragon S4 Pro, com quatro núcleos Krait de 1,5 GHz, rodar o Android 4.1.2 não é nenhum desafio. Aliado aos 2 GB de RAM e à GPU Adreno 320, a mesma que equipa o Galaxy S4 e o Xperia ZQ, o SoC desse smartphone rodou tudo sem engasgos. Mesmo com várias aplicações abertas simultaneamente, e em jogos pesados, não observamos nenhuma lentidão ou travamento em nossos testes. Nos benchmarks, no entanto, faltou força para superar os concorrentes.
Benchmark AnTuTu (em pontos)
Barras maiores indicam melhor desempenho
Samsung / Galaxy S4
Sony / Xperia ZQ
Motorola / Razr HD
LG / Optimus G
Benchmark Quadrant (em pontos)
Barras maiores indicam melhor desempenho
Samsung / Galaxy S4
Sony / Xperia ZQ
Motorola / Razr HD
LG / Optimus G
Com muitas intervenções, a interface da LG se afasta bastante da versão pura do Android que equipa o Nexus 4. Essa discrepância é, no entanto, muito positiva. Com mais liberdade, o usuário pode alterar o tema do aparelho, escolher entre um fundo de tela estático ou com efeito de transição e widgets.
A tela de notificações traz três barras que ocupam quase metade de sua área total. Há botões de controle, atalhos para os aplicativos QSlide e o controle de luminosidade. Apesar de bonitos e práticos, a ausência de opção para desativar as barras e deixar mais área livre para as notificações pode irritar alguns usuários, já que o resultado é parecido com o de telas de 3 polegadas, que exibem poucas notificações.
Um dos aplicativos mais destacados pela LG é o QuickMemo. Ele captura a tela e permite que o usuário faça anotações à mão em cima da imagem. Dá para trocar a espessura e tipo de pincel, cor e também usar a borracha para correções. A imagem pode ser compartilhada rapidamente por um botão dedicado. Para os que vivem dando suporte a amigos e familiares, o recurso pode ser extremamente útil, já que é possível indicar exatamente onde a alguém deve clicar. Fora isso, é difícil pensar grandes utilidades para o recurso. Nesse sentido, os apps QSlide, que rodam em pequenas janelas por cima dos outros apps são muito mais práticos.
A LG também incluiu um player de música próprio no Optimus G. Além dos recursos básicos de reprodução, há consulta a letras de músicas, clipes no YouTube e compartilhamento por DLNA. Infelizmente os botões de controle não são exibidos na tela bloqueada e não há um equalizador.
Os players nativos são compatíveis com arquivos OGG, AMR, WAV, AAC e MP3 para áudio e XviD, DivX, MKV e MPEG4 para vídeo. Há suporte a legendas em arquivos SRT e, em nossos testes, o player rodou vídeos em 1.080p sem nenhum problema.
Com 13 megapixels, a câmera do Optimus G deveria oferecer uma qualidade superior à do Nexus 4, que conta com 8 megapixels. As fotos nos mostram o oposto. O desempenho geral do Optimus G é ruim, com muita presença de ruído, saturação nas cores e erros no balanço automático que branco.
Conexão | 4G |
---|---|
SO | Android 4.1.2 |
Processador | Snapdragon S4 Pro 1,5 GHz quad core |
Armazenamento | 32 GB |
Tela | 4,7 |
Câmera | 13 MP e 1,3 MP |
Peso | 145 g |
Duração de bateria | 16h20min |
Prós | Desempenho; 4G no padrão brasileiro, qualidade da tela; NFC; |
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Contras | Não tem slot para cartão |
Conclusão | Aparelho elegante com ótimo desempenho. Interface tem boa adaptação. |
Configuração | 8,6 |
Usabilidade | 8,3 |
Diversão | 8,4 |
Bateria | 8 |
Design | 8,3 |
Média | 8.4 |
Preço | R$ 1.999 |