Hand ID: tecnologia usa mão do usuário para desbloquear smartphone da LG (YouTube/LG Mobile/Reprodução)
Lucas Agrela
Publicado em 25 de fevereiro de 2019 às 16h25.
Última atualização em 25 de fevereiro de 2019 às 16h32.
São Paulo – A LG, terceira fabricante que mais vende smartphones no Brasil, apresentou, no Mobile World Congress, o LG G8 ThinQ, seu celular topo de linha para 2019. O aparelho conta com uma tecnologia única na atualidade: com o uso de câmera frontal e sensor infravermelho, ele pode utilizar a formação das veias da sua mão e o seu fluxo sanguíneo em uma senha que o desbloqueia.
Funciona assim: o celular está em uma mesa, você estende a palma da mão sobre ele por um segundo e obtém acesso ao sistema.
Parece até truque de mágica, mas é justamente para as pessoas que não podem sempre desbloquear o celular com o rosto que essa tecnologia foi desenvolvida. Em situações de uso na cozinha, quando suas mãos estão sujas e você precisa consultar uma receita, isso pode ser útil para manter o smartphone limpo.
O sistema utilizado pela LG para viabilizar que a sua mão vire senha do LG G8 ThinQ é chamado Hand ID. Ele identifica a forma, espessura e outras características individuais das veias da mão do usuário para gerar a combinação que protege o dispositivo.
A mesma câmera dianteira utilizada para o Hand ID, chamada Camera Z, também funciona para gerar retratos com fundo desfocado. Fora isso, é por meio dela que o smartphone traça um modelo tridimensional do rosto do usuário para que seja possível utilizar reconhecimento facial como método de autenticação no dispositivo. Com isso, diz a empresa, não é possível obter acesso ao LG G8 utilizando uma imagem bidimensional, como uma foto.
A Z Camera permite ainda atender ou desligar ligações apenas com gestos feitos pela mão, sem a necessidade de tocar no celular. A ideia é que essa tecnologia seja utilizada ao volante. Ela permite também alternar de aplicativos, ajustar o volume ou capturar a tela.
A tela do LG G8 ThinQ tem uma tecnologia parecida com a que a Sony já utilizou nas suas TVs. O som é emitido por vibrações no display. Isso acontece porque a LG eliminou o alto-falante que ficaria na orelha do usuário durante uma ligação, ou aquela que compunha um sistema de som estéreo em combinação com o alto-falante inferior, posicionado junto ao conector para fones de ouvido e à porta USB Type-C.
A tecnologia da LG é chamada de Crystal Sound OLED e permite que você ouça o que é dito em uma ligação, mesmo que em um ambiente barulhento. Isso acontece por meio de condução óssea. Para isso, é preciso posicionar o smartphone encostado no rosto – não na orelha, mas logo à frente dela. Esse recurso já foi utilizado em fones de ouvido no passado, mas chega pela primeira vez em um smartphone com o lançamento global da LG.
Veja o funcionamento dos recursos Hand ID e Crystal Sound OLED no vídeo de divulgação do produto a seguir.
https://www.youtube.com/watch?v=1c6c0hYQEkE
O LG G8 ThinQ chega com processador Snapdragon 855, o mais recente e sofisticado da Qualcomm, tela OLED de 6,1 polegadas com 564 pixels por polegada, 6 GB de RAM, 128 GB de espaço na memória, bateria com capacidade de 3.500 mAh e sistema Android 9.0 Pie.
As câmeras do dispositivo são triplas na traseira e única na dianteira. Começando pelas de trás, são três sensores de 16 MP (Wide 107º), 12 MP (tradicional 78º) e 12 MP (telefoto) que viabilizam imagens amplas, comuns e retratos bem ângulo bem fechado (45º). Para tirar fotos no escuro, o sensor tradicional tem abertura de f/1.5, enquanto o sensor para retratos precisa de forte iluminação artificial ou natural, pois sua abertura é de f/2.4.
Seguindo os passos de Apple e Samsung, a LG apresentou também uma versão mais modesta de seu smartphone topo de linha de 2019. Ele é chamado LG G8s e tem resolução de tela menor (2.248 x 1.080 pixels), opções de memória de 64 ou 128 GB, câmeras de 13, 12 e 12 MP na traseira e de 8 MP na dianteira.
Os aparelhos são as apostas da empresa sul-coreana contra as rivais Samsung, Motorola e a Apple no mercado brasileiro. No contexto global, a companhia terá que competir com os smartphones chineses de marcas como a Huawei e a Xiaomi, que tiveram crescimento de parcela de mercado de mais de 30% em 2018, segundo a consultoria Canalys.