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Leilão de energia solar contrata 834 MW, a preço médio de R$ 301,79 por MWh

Usinas na Bahia, Minas Gerais, Paraíba, Piauí e Tocantins representarão investimentos de cerca de 4,3 bilhões de reais

Solar (Getty Images)

Solar (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2015 às 07h26.

O leilão de energia solar realizado nesta sexta-feira contratou 833,8 megawatts-pico em usinas, a um preço médio de 301,79 reais por MW, o que representa um desconto de 13,5 por cento frente ao teto estabelecido, após mais de sete horas de forte disputa, segundo informações da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

O certame viabilizou usinas na Bahia, Minas Gerais, Paraíba, Piauí e Tocantins, que representarão investimentos de cerca de 4,3 bilhões de reais, ainda segundo a CCEE.

Entre as vencedoras do leilão aparecem a italiana Enel Green Power, com 14 usinas, e a joint venture entre a norte-americana SunEdison e a brasileira Renova, com dois parques.

O maior preço foi negociado por Renova e SunEdison --305,51 reais por megawatt-hora, enquanto o menor, de 296 reais por megawatt-hora, foi ofertado pelas usinas Malta e Angico.[nE6N0ZC0CX]

Os projetos no leilão representam 2.315 megawatts médios em energia elétrica, sendo que a energia negociada representará um giro financeiro de 12,2 bilhões de reais ao longo dos 20 anos de contrato.

As usinas precisarão iniciar a entrega de energia a partir de agosto de 2017.

O certame, promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), teve início às 10 horas, com um preço teto de 349 reais por megawatt-hora e participação de 341 projetos.

SOLARES CONCENTRAM DESÁGIOS

O deságio registrado, de 13,5 por cento, foi o maior nas licitações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) desde outubro de 2014, refletindo o forte interesse dos investidores pela energia solar, cujo processo de licenciamento e construção é mais ágil e simples, e que conta com um mercado de equipamentos aquecido, que tem tornado a fonte cada vez mais competitiva.

O resultado vai na linha das projeções do mercado, que já apontavam para uma forte concorrência. 

Em outubro de 2014, um certame também para projetos fotovoltaicos registrou redução de 18 por cento ante o preço teto, segundo a CCEE.

Se desconsiderado o leilão solar de 2014, o deságio obtido é o maior nas contratações de energia promovidas pelo governo desde dezembro de 2012, quando hidrelétricas apresentaram um preço final 18,5 por cento abaixo do teto.

Desde então, foram realizados 12 leilões da Aneel, incluindo o certame desta sexta-feira, para contratação de energia, com destaque para operações envolvendo hidrelétricas, em agosto e dezembro de 2013, com deságios de 10,7 por cento e 8,67 por cento, respectivamente.    Nos sete leilões realizados desde 2014, os deságios ficaram todos abaixo dos 3 por cento, enquanto um certame, destinado a contratar termelétricas, não recebeu nenhuma proposta. A única exceção foi justamente o leilão solar.

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