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Latinos são mais vulneráveis ao diabetes tipo 2

O estudo comparou 100 indivíduos brancos, negros e latinos por volta dos 39 anos, de ambos os sexos, com um sobrepeso similar e que compartilham os mesmos sintomas

Paciente monitora glicose em seu sangue em Managua: o diabetes, sétima causa de morte nos Estados Unidos, afeta a 25,8 milhões de pessoas no país (©AFP/arquivo / Elmer Martinez)

Paciente monitora glicose em seu sangue em Managua: o diabetes, sétima causa de morte nos Estados Unidos, afeta a 25,8 milhões de pessoas no país (©AFP/arquivo / Elmer Martinez)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2012 às 17h43.

Los Angeles - Os latinos são mais vulneráveis do que os brancos e os negros a armazenar gordura no pâncreas e, assim, a produzir menos insulina, o que os torna mais propensos a sofrer de diabetes tipo 2, alertou um estudo realizado em Los Angeles e publicado esta terça-feira.

"A prevenção do diabetes é o nosso objetivo", afirmou Richard Bergman, diretor do Instituto do Coração Cedars-Sinai, em Los Angeles, e principal autor do estudo, publicado na revista especializada Diabetes Care.

"Nem todos os que têm sobrepeso ou são obesos desenvolvem diabetes, nem todos têm resistência à insulina. Se pudermos determinar quem é mais propenso a desenvolver diabetes e porque, podemos avançar na prevenção", acrescentou.

O estudo comparou 100 indivíduos brancos, negros e latinos por volta dos 39 anos, de ambos os sexos, com um sobrepeso similar e que compartilham os mesmos sintomas pré-diabéticos.

Os pesquisadores descobriram que os latinos armazenam mais gordura no pâncreas, que se torna, então, menos capaz de produzir insulina suficiente, o que por sua vez explica porque têm mais risco de sofrer de diabetes tipo 2, segundo o estudo realizado pelo Cedars-Sinai e pelo Instituto de Pesquisas de Diabetes e Obesidade.

Se não for controlado, o diabetes tipo 2 pode provocar graves problemas médicos, inclusive doenças do coração, problemas renais, amputações e cegueira. Em geral, é associado ao sobrepeso e causado porque a insulina não consegue metabolizar o nível de açúcar no sangue.

"Alguns indivíduos podem ser resistentes à insulina, mas não desenvolvem diabetes porque o pâncreas consegue compensar secretando mais hormônio. Em outros, o pâncreas não consegue compensar a insulina, razão pela qual têm risco maior de diabetes tipo 2", explicou o Cedars-Sinai em um comunicado.

O diabetes, sétima causa de morte nos Estados Unidos, afeta a 25,8 milhões de pessoas no país e calcula-se que 79 milhões de americanos sejam pré-diabéticos, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças.

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