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Laboratório suíço admite que Arafat pode ter sido envenenado

"As descobertas reforçam a possibilidade de que Arafat tenha sido envenenado com polônio", afirma o estudo


	Yasser Arafat: desde que os restos de Arafat foram exumados em novembro de 2012, três equipes de cientistas estão analisando o corpo, sua roupa e amostras de terra
 (Hussein Hussein/AFP)

Yasser Arafat: desde que os restos de Arafat foram exumados em novembro de 2012, três equipes de cientistas estão analisando o corpo, sua roupa e amostras de terra (Hussein Hussein/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2013 às 16h44.

Londres - A investigação de um grupo de cientistas suíços admite a possibilidade de que o antigo líder palestino Yasser Arafat, que morreu em Paris em 2004, tenha sido envenenado com polônio-210 radioativo, segundo um artigo publicado na última edição da revista médica britânica "The Lancet".

Os especialistas do Instituto de Radiofísica do Hospital Universitário de Lausanne fizeram análise radiotoxicológica de 38 objetos pessoais de Arafat - roupa íntima, escova de dentes e roupa esportiva, entre outros - que foram comparadas com outras 37 mostras não contaminadas.

Em artigo intitulado "Melhora da pesquisa legista sobre envenenamento por polônio", os pesquisadores do centro suíço, que em 2012 já apresentou uma investigação nesse sentido, dizem ter achado um "inexplicável" maior conteúdo de polônio-210 nos pertences do histórico líder palestino, algumas manchas de sangue e de urina.

"As descobertas reforçam a possibilidade de que Arafat tenha sido envenenado com polônio", afirma o estudo redigido pelo grupo de pesquisadores liderado por François Bochud, cientista do centro suíço.

O polônio-210 é uma substância altamente radioativa que foi utilizada para acabar em 2006 em Londres com a vida do antigo espião russo transformado em inimigo do Kremlin, Alexander Litvinenko.

Desde que os restos de Arafat, morto aos 75 anos, foram exumados em novembro de 2012, três equipes de cientistas estão analisando o corpo, sua roupa e amostras de terra.

"Uma autópsia teria sido útil nesse caso, porque, embora um envenenamento por polônio pudesse não ter sido identificado no procedimento, teriam se conservado mostras corporais sobre as quais se poderiam fazer provas mais adiante", afirmaram os pesquisadores no estúdio.

A viúva de Yasser Arafat denunciou em julho de 2012 diante de um tribunal da cidade francesa de Nanterre a possível morte por envenenamento de seu marido. 

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