Tecnologia

Laboratório francês quer testar vacina contra zika em um ano

Laboratório Sanofi espera iniciar testes clínicos dentro de um ano. Com isso, vacina estaria pronta para uso dentro de três anos

Zika: laboratório espera ter vacina pronta dentro de três anos (REUTERS/Mariana Bazo/Files)

Zika: laboratório espera ter vacina pronta dentro de três anos (REUTERS/Mariana Bazo/Files)

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Da Redação

Publicado em 9 de fevereiro de 2016 às 09h26.

Paris - O laboratório francês Sanofi anunciou nesta terça-feira que espera iniciar "em um ano" testes clínicos que lhe permitam desenvolver uma vacina contra o zika vírus, que poderia estar pronta em três anos.

A declaração do diretor-geral do Sanofi, Olivier Brandicourt, aconteceu durante a apresentação dos resultados anuais do grupo, que em 2015 obteve um lucro líquido de 7,37 bilhões de euros (7,7% a mais que um ano antes) e um faturamento de 37 bilhões de euros (2,2% a mais em dados comparáveis aos de 2014).

"Estaríamos praticamente preparados para iniciar um teste clínico em um ano", declarou Brandicourt, que advertiu que uma eventual vacina não estaria pronta antes de três anos.

O grupo francês espera encurtar os prazos frequentes aproveitando as tecnologias e infraestruturas que já desenvolveu para a vacina contra a dengue, a Dengvaxia, um vírus da mesma família que o do zika.

"Averiguaremos se há uma imunidade cruzada entre os dois vírus, o que seria uma boa notícia", acrescentou o diretor-geral do Sanofi sobre um vírus que aparentemente é responsável por um elevado número de casos de microcefalia, o que segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) representa uma emergência de saúde pública em nível internacional.

Os Estados Unidos anunciaram ontem que destinarão US$ 1,8 bilhão à prevenção do zika vírus, particularmente estendido na América Latina, enquanto a Agência Europeia do Medicamento criará um comitê de especialistas para acelerar a pesquisa sobre o vírus.

"Contamos muito com a colaboração de Europa e Estados Unidos" dado que os testes clínicos do zika "podem ser muito onerosos", ressaltou o responsável de pesquisa do Sanofi, Elias Zerhouni.

O laboratório francês investirá de maneira imediata "vários milhões de euro" para a fase de pesquisa prévia aos testes clínicos.

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