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Kingston Mobilelite G2

O MobileLite Wireless G2 é um dispositivo bastante versátil da Kingston, que supre várias necessidades (umas mais comuns que as outras) de usuários de smartphones e notebooks sem portas USB, como é o caso do novo Macbook, por exemplo. Design O aparelho em si não é chamativo, com um corpo preto de bordas brancas, onde […]

Kingston Mobilelite G2

Kingston Mobilelite G2

DR

Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2015 às 16h40.

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O MobileLite Wireless G2 é um dispositivo bastante versátil da Kingston, que supre várias necessidades (umas mais comuns que as outras) de usuários de smartphones e notebooks sem portas USB, como é o caso do novo Macbook, por exemplo.

Design

O aparelho em si não é chamativo, com um corpo preto de bordas brancas, onde se encontram as portas. De um lado fica uma porta USB 2.0 e um leitor de cartões SD, enquanto a parte de trás possui uma porta Ethernet. Na frente existem lâmpadas LED que indicam carregamento da bateria, uso do Wi-Fi, um botão de liga/desliga, um botão para reset de fábrica e uma porta microUSB para a energia. O G2 pesa 172 gramas e mede 13 x 7,8 x 2 cm.

Usabilidade

O aparelho possui várias funções e começaremos da mais simples: a de carregador portátil de celular. O G2 pode, por meio de uma porta USB recarregar quaisquer tablets ou smartphones. A bateria interna do G2 é de 4 640 mAh, o mesmo que duas vezes e meia a do iPhone 6. No entanto, as promessas de carregamento da Kingston em seu site são consideravelmente mais conservadoras, prometendo apenas duas vezes a bateria de um iPhone 5, ou 2880 mAh, devido a perdas de energia na transferência.

A segunda função do G2 é a de roteador móvel. Como ele pode receber uma conexão de internet via cabo ethernet, ele também pode compartilhá-la com outros dispositivos. Segundo testes do INFOlab, o aparelho funciona bem a até 20 metros de distância, perdendo um pouco da potência do sinal a esta distância. No entanto, a conexão se mantém constante a até 10 metros, como mostra a tabela abaixo, gerada utilizando o aplicativo “speedtest.net” em um Samsung Galaxy A5:

Foto por: INFOlab

Como é possível ver, o desempenho do download cai bastante à distância de 20 metros do dispositivo e a conexão fica errática demais para ser utilizada a uma distância maior que essa. Por exemplo, se você estiver tão longe assim do G2, a variação de velocidade chega a mais de 2 000% entre uma medição e outra, utilizando o mesmo smartphone no mesmo local.

Além de roteador móvel, o G2 consegue transferir arquivos armazenados em cartões SD ou dispositivos USB, como pendrives. Tentamos utilizar um HD externa, mas o MobileLite não foi capaz de nos mostrar os arquivos guardados nele, embora ambas as partições do disco estivessem formatadas em sistemas de arquivo que o site da fabricante disse serem suportados: ExFAT e NTFS.

Com um pen-drive USB 3.0 e um cartão SD, o dispositivo funcionou sem problemas, apesar de não ter conseguido uma velocidade particularmente alta. A tabela abaixo mostra a velocidade de transferência em uma série de casos, tanto em arquivos separados como em um pacote .zip. Para que a comparação fosse justa, utilizamos a opção “armazenar” do 7zip, que cria um arquivo sem nenhuma compactação, exatamente do mesmo tamanho.

Foto por: INFOlab

Para referência, o pacote de 44 MB é composto de vários wallpapers .JPG, enquanto o pacote de 1 320 MB é composto de uma mescla de arquivos de música em .FLAC, alguns vídeos em .MP4 além de imagens .JPG e documentos .PDF. Todos os testes foram realizados a uma distância de 20 centímetros do aparelho. A disparidade entre o tempo de cópia de muitos arquivos do mesmo tamanho se refere à forma como os sistemas operacionais lidam com arquivos, o que torna a operação de um arquivo grande mais eficiente do que vários pequenos.

Além deste teste, que tinha como objetivo medir a velocidade de transferência em situações ideais, também medimos a velocidade a várias distâncias, para saber quão útil ele é em situações reais.

Foto por: INFOlab

Acima de 10m a conexão se tornou bastante instável. O ambiente de escritório em que foi testado não possuía barreiras físicas, como paredes, e mesmo a 15m o download do arquivo falhou várias vezes. A velocidade de download oscilava entre 40 KB/s e 1 MB/s, uma diferença de 2 500% que nos impede de dar uma estimativa válida.

Quando desligado, o G2 pode ser plugado a um computador com um cabo USB e servir como leitor de cartões SD e USB (embora de apenas uma porta). Segundo nossos testes, as velocidades de leitura e escrita de um pen-drive foram as mesmas quando ligado diretamente ao PC ou no G2, quando desligado. Não é possível fazer com que o pendrive (ou o cartão SD) se conecte a um computador ao mesmo tempo via USB e via Wireless. Quando o G2 fica ligado, o armazenamento é acessado exclusivamente via Wi-Fi. Quando desligado, é exclusivamente USB.

O acesso aos arquivos dos dispositivos de armazenamento pode ser feito de duas formas: por um aplicativo ou por um browser. Para conseguir acesso aos dispositivos ligados ao G2 é necessário se conectar à rede sem fio criada por ele e, utilizando um aplicativo, fornecer a senha para que ele se conecte à rede Wi-Fi do local. Desta forma, qualquer aparelho conectado ao G2 pode continuar acessando a internet, já que ele funciona como um repetidor. Se ele não tivesse esta função, o smartphone ou tablet perderia a conexão com a internet durante a cópia dos arquivos.

O acesso aos arquivos via browser é bastante ruim. É necessário visitar www.home.mobilelite.com após conectar-se à rede própria do G2. A interface se parece bastante com a de um FTP e os arquivos só podem ser baixados um por um. Também não é possível apagar ou mover os arquivos. Para baixar mais de um arquivo por vez, um plugin como o “Down Them All” para Firefox é a solução, o que é uma gambiarra na melhor das hipóteses. Isso faz com que o Windows e Mac OSX tenham, ao mesmo tempo, as melhores e piores interfaces para interação com o Mobilelite: Via USB, o Windows Explorer ou o Finder resolvem o problema com rapidez e são velhos conhecidos de quem usa esses sistemas operacionais. Via Wi-fi, é necessário usar o browser de forma bastante rudimentar

No caso dos aplicativos, a situação já é bem melhor. Tanto o aplicativo para Android (usado num Samsung Galaxy A5) quanto o para iOS (usado num iPad 2) têm interfaces bastante simples, com um problema constante sendo a falta de texto presente no app. As funções comuns de copiar, mover, colar, etc, são feitas majoritariamente por meio de ícones sem texto, o que não é imediatamente óbvio. Ao iniciar a cópia, uma pequena barra de progresso surge no topo (no android) ou na parte de baixo da tela (no iOS).

Enquanto a barra do Android é muito sutil (demoramos dias para percebê-la e ficamos todo esse tempo achando que ela não existia), ela mostra o progresso total da cópia, mas não mostra em qual arquivo se encontra. A barra de progresso do iOS, no entanto, mostra quantos arquivos já foram copiados e quantos ainda faltam, mas não especifica o status de transferência de cada arquivo individualmente, o que não causa problemas quando se copia vários arquivos, mas se torna especialmente confuso quando se transfere apenas um arquivo grande.

Nesse caso, a única informação que se tem é “copiando arquivo 1 de 1”, sem que seja possível saber quanto desse arquivo já foi copiado. Como os arquivos são copiados para uma pasta externa que o iOS não reconhece na hora de escolher as fotos para sua galeria (do app “Fotos”), é necessário copiar cada uma delas para a galeria, em grupos de no máximo cinco fotos e apenas um vídeo. Um processo repetitivo que não deveria ser necessário, mas suspeitamos que isso sejam limitações do iOS e não dos aplicativos.

Vale a pena?

Em suma, a duração da bateria é boa (fizemos testes intermitentes por mais de seis horas e ela não acabou) e pode carregar 100% de smartphones topo de linha, como o Samsung Galaxy S6 ou iPhone 6, embora não chegue a carregar um Moto Maxx até o fim. As funções de transferência de arquivos funcionam bem à curta distância e os apps para ambas as plataformas são funcionais, ainda que simples. A função de roteador quebra um galho, mas não deve ser usada para múltiplas conexões com longos downloads ou a grandes distâncias, mas é excelente para dividir uma conexão exclusivamente cabeada para alguns computadores, desde que o intuito não seja fazer uma LAN party ou qualquer coisa que precise de muito desempenho. Pelo preço de 400 reais, é um produto extremamente versátil que pode vir a salvar o usuário com frequência. O G2 é um ótimo item para se ter na mochila ou na bolsa.

Ficha técnica

Bateria4640 mAh
Conexões1 USB 2.0, 1 SD, 1 microUSB (para carregamento)
Peso172 g
Dimensões 13 x 7,8 x 2 cm

Avaliação técnica

PrósMultifunções, boa duração de bateria, bons apps para Android e iOS
ContrasPéssima interface por browser, instável a mais de 10m
ConclusãoUm canivete suíço que vale o que custa e substitui vários outros aparelhos, com desempenho menor
Média8.0
PreçoR$ 399
Acompanhe tudo sobre:AcessóriosKingstonPen drive

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