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Kindle Paperwhite

A Amazon conta com uma série de versões do Kindle, mas nem todas elas oferecem uma boa combinação entre custo e benefício para o consumidor. Há versões muito mais caras, como a Voyage, que não se diferenciam de opções mais baratas de forma significativa. Em meio a esse cenário, o Kindle Paperwhite ainda se posiciona […]

Kindle Paperwhite

Kindle Paperwhite

DR

Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2015 às 17h55.

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A Amazon conta com uma série de versões do Kindle, mas nem todas elas oferecem uma boa combinação entre custo e benefício para o consumidor. Há versões muito mais caras, como a Voyage, que não se diferenciam de opções mais baratas de forma significativa. Em meio a esse cenário, o Kindle Paperwhite ainda se posiciona como a melhor escolha para quem procura por um leitor eletrônico que tenha retroiluminação na sua tela de 6 polegadas. Vendido por 480 reais, o produto tem somente conectividade Wi-Fi, um botão de liga/desliga e precisa de um cabo microUSB para ser recarregado.

Experiência de leitura

A novidade nesta que é a 3ª geração do Kindle Paperwhite é que a sua tela ganhou mais resolução. Agora, são 300 pixels por polegada. Isso implica tamanhos menores para as letras dos livros, porém, com mais definição. Em termos práticos, a diferença não é grande e só os olhos mais atentos podem notá-la.

Outra inovação do produto é a fonte Bookly, que é exclusiva – ao menos, até a publicação desta análise. Serifada, ela foi especialmente criada para a tela do Kindle, segundo a Amazon. Na prática, ela é tão convidativa à leitura quanto as demais ofertas pelo sistema do aparelho. A melhor experiência que você pode ter com ela, segundo o INFOlab, é com a retroiluminação ativa, seja parcialmente, seja no máximo.

Foto por: Leonardo Veras

Segurar o Kindle Paperwhite nas mãos é uma experiência bem diferente da de segurar um livro. Mais fino do que o Kindle de 7ª geração, ele também é mais ergonômico por contar com uma leve curvatura em sua parte traseira. Mudar de página no e-book é como nas demais edições: basta tocar em uma das laterais. O menu continua na barra superior e você ainda acaba mudando de página sem querer ao tentar acessá-lo. A melhor forma de fazer isso é tocando no canto superior esquerdo da tela.

Ler com este e-reader em ambientes escuros ainda é menos cansativo para os olhos do que ler em telas de smartphones, apesar de ambos os displays emitirem luz. Isso acontece por conta da tecnologia de tela usada em todos os Kindle, a e-ink, também chamada de tinta eletrônica. É também graças a ela que você pode ler sob a luz do sol. Mas, nesse caso, o ideal é que a luz do aparelho esteja desligada.

A bateria do Kindle sempre foi seu ponto forte, outra consequência direta da e-ink, que usa menos luz do que outras tecnologias de displays. A Amazon diz que você pode obter semanas de uso com esse modelo de Paperwhite, mesmo com a luz acessa. Ou seja, se você ler 30 minutos por dia, é melhor tomar cuidado para não perder o carregador, já que você só precisará dele dentro de cerca de um mês.

Recursos

Os recursos oferecidos pelo sistema do novo Kindle Paperwhite são os mesmo que já vimos nas demais edições do produto. Um que merece destaque é o X-Ray, uma ferramenta disponível nos livros comprados na livraria da Amazon que dá um breve histórico de cada personagem. Isso é especialmente bom quando lemos livros como As Crônicas de Gelo e Fogo ou Cem Anos de Solidão, ambos conhecidos pelo grande número de personagens. A integração com o GoodReads, um serviço de reviews de livros, permite visualizar comentários sobre o título que você está lendo. O serviço também tem aplicativos para smartphones.

O dicionário do leitor digital ainda tem a melhor implementação em termos visuais. Quando não sabemos o significado de uma palavra, basta pousar o dedo sobre ela durante pouco mais de um segundo. Uma pequena caixa de texto com o significado do termos aparece sobre a página que você, uma espécie de picture in picture – dessa forma, evitando sair da tela em que você estava.

Fora isso, continua possível o redimensionamento de textos em formatos mais estreitos, bem como aumentar ou diminuir o tamanho da fonte. O que faz falta ainda é o suporte para arquivos em epub, uma popular extensão de e-books. Há suporte para arquivos nos formatos AZW3, .azw, .txt, .pdf, .mobi, e .prc; e .html, .doc, .docx, .jpeg, .gif, .png, e .bmp com conversão.

Desde 2014, o Kindle Paperwhite tem capacidade de 4 GB para o armazenamento de “milhares de livros”, como informa a própria Amazon. É difícil estimar exatamente quantos títulos podem ser carregados no aparelho, uma vez que cada arquivo tem um tamanho diferente. Simplificando: você não terá problema de falta de espaço nesse produto.

Em boa parte da experiência de leitura, o Kindle Paperwhite se parece muito com o Kindle 7ª geração – ou com qualquer outro modelo lançado de 2013 para frente. Portanto, as mesmas considerações sobre esse tema que foram publicas no review do Kindle mais simples valem também para este produto. Leia algumas delas a seguir:

Se o seu objetivo é usar o Kindle para ler em formato PDF, a Amazon oferece uma ferramenta de conversão automática por e-mail. É preciso enviar um e-mail com o assunto “convert” e o arquivo anexo para a sua conta Amazon (você pode conferir o endereço vinculado ao seu Kindle fazendo login em um computador). Quando o dispositivo sincronizar sua biblioteca a partir da nuvem, o arquivo aparecerá e estará pronto para a leitura.

Todas as compras que você fizer na livraria virtual da Amazon são sincronizadas com o Kindle, que estará com a sua conta logada. Sendo assim, você pode adquirir títulos no PC, no smartphone ou no próprio e-reader. Um recurso interessante que tira proveito da computação na nuvem é a continuidade da experiência de leitura oferecida pelo Kindle, seja no aparelho em si, no computador ou no app para celular. Se você começa a ler no Kindle um livro comprado na Amazon, você pode continuar a ler onde quiser, pois há uma sincronia multiplataforma do ponto em que você parou.

É possível criar anotações em determinados trechos do texto, destacar frases e pesquisar o significado de palavras desconhecidas (o que é especialmente útil ao lermos livros em outro idioma). Se houver uma conexão Wi-Fi disponível, o Kindle permite também compartilhar os trechos destacados no Facebook ou no Twitter.

Vale a pena?

O Kindle Paperwhite é um leitor eletrônico que oferece uma excelente relação custo-benefício ao consumidor brasileiro (porém, vale notar que a segunda geração desse dispositivo ainda está à venda em sites de varejo e que ela custa um pouco menos). Isso porque produtos concorrentes, como o Kobo Aura HD ou o Lev, ou são mais caros ou têm sistemas operacionais problemáticos. Agora, se você não liga para a retroiluminação, o melhor a ser feito é comprar o Kindle 7ª geração, que custa 180 reais a menos, apesar de ter um design menos refinado.

Ficha técnica

Tela 6'' com 300 ppi (e-ink)
Armazenamento4 GB
ConexõesWi-Fi e microUSB
Dimensões169 x 117 x 9.1 mm
Peso205 g

Avaliação técnica

PrósBoa ergonomia; custo-benefício; software funciona bem
ContrasConversão de arquivos .PDF requer conexão Wi-Fi; não aceita ePub
ConclusãoMelhor leitor eletrônico com retroiluminação do momento
Compatibilidade 7,5
Usabilidade8,7
Configuração 8,8
Design7,9
Bateria7,4
Extras7,9
Média8.3
PreçoR$ 480
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