Tecnologia

Justiça dos EUA quer que Google venda seu negócio de publicidade

Governo quer que empresa compartilhe dados de leilões em tempo real e venda tecnologia adquirida com a DoubleClick, comprada em 2008

Janaina Camargo
Janaina Camargo

Redatora na Exame

Publicado em 6 de maio de 2025 às 16h27.

Última atualização em 6 de maio de 2025 às 16h38.

Na última sexta-feira, 2, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos pediu que um juiz federal obrigue a Alphabet, dona do Google, a vender partes essenciais de sua tecnologia de publicidade digital e a compartilhar dados em tempo real com concorrentes.

O movimento visa cumprir a decisão que considerou que a empresa teria, de forma ilegal, monopolizado o mercado de veiculação de anúncios no ambiente digital.

O governo espera que o Google se desfaça do servidor de anúncios usado por sites para vender publicidades, ou publishers, além da plataforma que conecta compradores e vendedores de anúncios.

A dinâmica sugerida pelo departamento de Justiça, inicialmente, exigiria que o Google fornecesse dados de leilões em tempo real de sua plataforma de anúncios para servidores de publicidade concorrentes.

Na véspera, as duas partes apresentaram uma proposta formal detalhada. A juíza Leonie Brinkema é quem cuidará do caso, e agendou para 22 de setembro a data para ouvir as propostas do Google sobre os danos à concorrência.

Brinkema demonstrou ceticismo quanto à necessidade do Google vender o servidor de anúncios, adquirido com a compra da DoubleClick em 2008. Ela questiona se a venda da plataforma de anúncios, juntamente com o compartilhamento dos dados dos lances, resolveria a questão da conduta anticompetitiva.

Em resposta, a vice-presidente de assuntos regulatórios do Google, Lee-Anne Mulholland, disse que as propostas do departamento de Justiça iam “muito além das conclusões do Tribunal, não têm base legal e prejudicariam publishers e anunciante.”

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