Tecnologia

Justiça americana estuda como processar Julian Assange

Para o vice-presidente americano, Joe Biden, o fundador do WikiLeaks é um terrorista de alta tecnologia

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos está explorando as vias legais para processar Julian Assange, fundador do WikiLeaks (Carl Court/AFP)

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos está explorando as vias legais para processar Julian Assange, fundador do WikiLeaks (Carl Court/AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2010 às 13h59.

Washington - O Departamento de Justiça dos Estados Unidos está explorando as vias legais para processar Julian Assange, afirmou neste domingo o vice-presidente americano Joe Biden, que considera o fundador do WikiLeaks um "terrorista de alta tecnologia".

"Estamos estudando isto. O Departamento da Justiça está trabalhando sobre a questão", afirmou Biden em uma entrevista ao canal NBC e que será exibida neste domingo.

"Se ele conspirou com um militar dos Estados Unidos para obter estes documentos secretos, isto é fundamentalmente diferente de se alguém deixa documentos para você, vamos dizer 'você é um jornalista, aqui está material confidencial'", disse.

A lei de espionagem, de 1917, não contempla este tipo de caso, já que é preciso demonstrar que o site WikiLeaks, que divulgou milhares de telegramas diplomáticos secretos dos Estados Unidos, não é um meio de comunicação tradicional.

Os promotores americanos trabalham ainda sobre outra base jurídica: eles esperam conseguir reunir provas de que o fundador do WikiLeaks estimulou ou ajudou o soldado Bradley Manning, suspeito de ter passado os documentos ao site.

Acusar Assange de conspiração para atentar contra a segurança nacional permitiria ao governo americano obter a prisão do australiano sem afetar a liberdade de expressão dos meios de comunicação garantida na Constituição.

"Este homem fez coisas que nos prejudicaram, colocou em perigo a vida e a profissão de certas pessoas no mundo. Complicou as relações com nossos aliados e amigos", explicou Biden.

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