Tecnologia

Junta militar nega ter bloqueado Facebook na Tailândia

A junta militar da Tailândia negou ter bloqueado o Facebook, após mais de 30 milhões de contas terem deixado de funcionar no país

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2014 às 09h26.

Bangcoc - A junta militar da Tailândia negou nesta quarta-feira ter bloqueado o Facebook, após mais de 30 milhões de contas terem deixado de funcionar no país, em alguns casos por mais de uma hora, informou a imprensa local.

A coronel Sirichan Ngathong, vice-porta-voz do Conselho Nacional para a Paz e a Ordem, negou que os militares tenham um plano para bloquear a rede social mais popular no país e acrescentou que ocorreu apenas um problema técnico.

Os militares interromperam a transmissão das redes de televisão para fazer um pronunciamento e explicar o que se sucedeu.

No entanto, muitos internautas expressaram sua desconfiança, pois as críticas contra os militares no Facebook e no Twitter se transformaram praticamente nos únicos focos de liberdade de expressão no país.

"Isso significará o final dos "selfies" e das fotos de comida?", ironizou um blogueiro durante os minutos que o Facebook deixou de funcionar na Tailândia.

Até o momento, a junta militar bloqueou 219 portais de internet, alegando que significam uma ameaça para a "segurança nacional".

O exército anunciou que pedirá para redes sociais como Facebook ou Twitter, e aplicativos de telefonia e conversas instantâneas, como o Line, colaboração para eliminar as contas de usuários que divulguem "conteúdo ilegal", segundo o portal "Prachatai".

O secretário do Ministério de Informação e Tecnologia de Comunicação, Surachai Srisakam, disse ontem que está sendo elaborado um plano para que a vigilância de internet seja mais eficiente.

As pessoas que divulgarem "informação ilegal" serão detidas pelas autoridades militares, julgadas e poderão ser presas.

O chefe do exército da Tailândia, o general Prayuth Chan-ocha, assumiu na quinta-feira passada o controle do país após considerar fracassados as tentativas do Executivo interino e dos oposicionistas de alcançar um acordo após sete meses de protestos populares.

Nas horas seguintes ao golpe, o militar decretou o toque de recolher, proibiu as reuniões públicas e suspendeu a Constituição, além de aplicar a censura aos meios de comunicação.

Desde o fim da monarquia absolutista em 1932, o país viveu 19 golpes militares, dos quais 12 tiveram êxito.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCensuraEmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetempresas-de-tecnologiaFacebookInternetRedes sociaisTailândia

Mais de Tecnologia

Startup de US$ 12 bilhões de Mira Murati, ex-OpenAI, tem investimentos da Nvidia e Jane Street

BYD lidera vendas na China com mais de 2,1 milhões de carros no 1º semestre de 2025

Em queda na China, demanda de países emergentes impulsiona alta de 1,5% nas vendas de iPhones

WhatsApp estreia nova ferramenta para grupos inspirada no Telegram; saiba qual é