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Japoneses vão perfurar crosta terrestre para entender terremotos

Cientistas irão perfurar a crosta terrestre em frente à costa do Japão para entender terremotos

navio científico Chikyu (©afp.com / Toshifumi Kitamura)

navio científico Chikyu (©afp.com / Toshifumi Kitamura)

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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2013 às 08h58.

Tóquio - Uma equipe de sismólogos iniciou nesta sexta-feira (13) uma nova missão de quatro meses para perfurar a crosta terrestre em frente à costa do Japão, com o objetivo de tentar determinar a origem dos terremotos.

Os cientistas saíram a bordo do navio especializado Chikyu, que significa Terra em japonês, dotado com equipamentos de satélites e de uma torre de perfuração de 121 metros que pode escavar 7.000 metros abaixo do fundo do mar.

O barco zarpou do porto de Shimizu (centro do Japão) e retomará, a 80 km da costa japonesa, um trabalho de perfuração iniciado em 2007 que prossegue regularmente desde então sob o Oceano Pacífico.

Os investigadores perfurarão até a falha de Nankai ("a falha do mar do sul"), onde a placa do Mar das Filipinas passa sob a Placa Eurasiática.

A intensa atividade geológica desta zona pode provocar no longo prazo um terremoto potencialmente devastador, muito maior que o de magnitude 9 de 11 de março de 2011 que ocorreu mil quilômetros a nordeste desta zona e que causou um gigantesco tsunami.

O Japão é alvo de 20% dos principais terremotos mundiais.

Para saber mais sobre estes fenômenos, os cientistas querem perfurar até 3.600 metros sob o fundo oceânico durante esta missão. Durante outra missão no mesmo local no próximo ano espera-se chegar aos 5.200 metros, onde há fricção entre as placas.

"Pela primeira vez se perfurará diretamente até uma zona sísmica, onde é possível gerar uma energia considerável e provocar movimentos da crosta terrestre ao longo das falhas, provocando tsunamis", explicou Tamano Omata, um investigador da agência japonesa de ciências e tecnologias marinhas e terrestres.

Os investigadores planejam instalar sensores na crosta e conectá-los a um sistema de análises situado em terra firme.

"Queremos estudar como a crosta terrestre se move nos instantes anteriores aos terremotos" com o objetivo de prever melhor os terremotos no futuro, acrescentou Omata.

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