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Ataque de hackers se restringiu a e-mails, diz Itamaraty

Ataques começaram no último dia 19. Desde ontem, sistema de e-mail e de leitura de documentos do Ministério e de postos diplomáticos no exterior está fora do ar


	Itamaraty: segundo o Itamaraty, hackers usaram o esquema chamado phishing
 (José Assenco/Stock.xchng)

Itamaraty: segundo o Itamaraty, hackers usaram o esquema chamado phishing (José Assenco/Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2014 às 16h38.

Brasília - O Itamaraty confirmou que o ataque de hackers ao sistema do Ministério das Relações Exteriores se restringiu aos e-mails dos servidores.

O acesso ao chamado IntraDocs, no qual ficam arquivados os telegramas e documentos sigilosos do serviço diplomático, e o sistema de troca de informações entre o Ministério e os postos diplomáticos no exterior não foram atingidos.

Os ataques começaram no último dia 19. Desde ontem, o sistema de e-mails e de leitura de documentos do Ministério e dos postos diplomáticos no exterior está fora do ar, passando por uma manutenção geral para evitar novos acessos indevidos, e deve voltar ao normal ainda nesta terça-feira.

De acordo com o Itamaraty, hackers usaram o esquema chamado phishing, em que e-mails aparentemente de pessoas conhecidas são enviadas para colegas e com inclusão de link malicioso.

Ao abrir o link, servidores instalam no sistema, sem querer, os chamados cavalos de troia, que recolhem informações sigilosas dos usuários, como senhas e números de documentos.

O ataque teria contaminado os e-mails de um número ainda indeterminado de servidores, permitindo o acesso a informações pessoais e a arquivos que servidores e diplomatas tivessem mantido ou recebido nos seus e-mails funcionais.

Não teria, no entanto, alcançado o sistema de comunicação sigiloso entre as embaixadas e postos no exterior e o Ministério em Brasília nem o arquivo de telegramas.

O Itamaraty não confirma se chegou a haver vazamento de documentos sigilosos. Ainda não se tem informações do objetivo ou dos responsáveis pelos ataques.

Uma investigação sobre o caso foi aberta pelo Gabinete de Segurança Institucional, responsável pela segurança de informações do governo, e pela Polícia Federal.

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