Tecnologia

Islândia pode ser o 1º ocidental a banir pornografia na web

Além de bloquear o acesso à pornografia, Islândia pode ainda proibir o uso de cartões de crédito emitidos no país para pagamento de sites com este tipo de conteúdo


	Criança navega em tablet: pesquisas revelaram que crianças expostas à pornografia desde cedo podem ter os mesmos traumas daquelas que sofreram abuso sexual
 (Christopher Furlong/Getty Images)

Criança navega em tablet: pesquisas revelaram que crianças expostas à pornografia desde cedo podem ter os mesmos traumas daquelas que sofreram abuso sexual (Christopher Furlong/Getty Images)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 14 de fevereiro de 2013 às 14h09.

São Paulo – A Islândia pode ser o primeiro país ocidental a banir conteúdos pornográficos na internet. De acordo informações do jornal britânico The Daily Mail, o país estuda maneiras de bloquear o acesso à pornografia através de endereços de IP e pode ainda tornar ilegal o uso de cartões de crédito emitidos na Islândia para o pagamento de sites considerados “X-rated”, isto é, com conteúdo impróprio para menores de 18 anos de idade.

Apesar de polêmica, a medida tem em mente um objetivo muito maior: proteger as crianças do país. Isso porque, recentemente, estudos encomendados pelo governo islandês chegaram a constatações preocupantes.

Um deles, realizado em 2010, detectou que material pornográfico e violento disponível na web estava contribuindo para um crescimento na intensidade dos ataques sexuais registrados no país. O segundo mostrou que crianças expostas desde cedo a material pornográfico violento podem desenvolver os mesmos traumas daquelas que sofreram abusos sexuais durante a infância.

“A segurança das crianças deve ser uma prioridade”, declarou o ministro do Interior da Islândia, Ögmundur Jónasson à publicação. Ainda de acordo com ele, foram montadas comissões que vão analisar os melhores caminhos para cortar o acesso a imagens e vídeos por jovens em computadores, consoles, tablets ou smartphones.

Projetos de lei que preveem o desestímulo ao acesso a pornografia não são exatamente uma novidade no país. Já há alguns anos está em vigor uma lei que proíbe a impressão e distribuição de materiais com este tipo de conteúdo. Além disso, há cerca de dois, o parlamento islandês conseguiu banir todas as boates de striptease. Na ocasião, a primeira ministra Jóhanna Sigurðardóttir alegou que os mesmo violavam os direitos civis de mulheres que trabalhavam nestes estabelecimentos.

Crianças x Conteúdo adulto

Recentemente, uma pesquisa realizada pela empresa de segurança virtual Kaspersky, revelou que crianças que frequentam o site de vídeos YouTube estão a apenas três cliques de acessarem conteúdo adulto. Ainda em sua análise, a empresa lembrou que, para evitar o contato com este tipo de material, os responsáveis devem ativar o controle de restrição de vídeos. 

Acompanhe tudo sobre:EuropaInternetIslândiaPaíses ricosPornografiaSites

Mais de Tecnologia

Fabricante do jogo processa SpaceX de Elon Musk e pede US$ 15 milhões

Gigantes das redes sociais lucram com ampla vigilância dos usuários, aponta FTC

Satélites da SpaceX estão causando interferência nos equipamentos de pesquisadores, diz instituto

Desempenho do iPhone 16 chama atenção e consumidores preferem modelo básico em comparação ao Pro