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Irmã de ativista brasileira presa na Rússia diz que "negarão fiança"

Para Telma Maciel, governo brasileiro está fazendo tudo o que pode; brasileira foi detida após protesto no dia 18 de setembro

greenpeace (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2013 às 17h10.

São Paulo - Telma Maciel, irmã da ativista brasileira do Greenpeace detida na Rússia, Ana Paula Maciel, disse nesta terça-feira que está convencida que na audiência da próxima quinta-feira, a justiça "negará o direito de fiança" que permitiria a ativista esperar em liberdade a sentença da acusação de pirataria.

"Foi assim com o resto dos ativistas", lembrou em entrevista a Agência Efe, para quem, apesar dos antecedentes do resto de ativistas se mostrou "otimista".

Para Telma, o governo brasileiro "está fazendo tudo o que pode" e opinou que "as coisas vão bem", embora entenda que haja gente "ansiosa" diante da situação dos 28 ativistas detidos após um protesto em uma plataforma petrolífera da Gazprom no Ártico, no dia 18 de setembro.

"As pessoas ficam nervosas com a passagem do tempo, mas sabemos que são períodos, o Greenpeace e o governo estão administrando bem, com toda com a rapidez possível", continuou.

Os Maciel têm "confiança" nas autoridades brasileiras e nos advogados do Greenpeace: "sabemos que trata-se de política e petróleo, por isso necessitaremos o apoio do governo para trazê-la outra vez".

Além disso, a irmã de Ana Paula informou que o contato com os líderes brasileiros é "permanente" e disse que fala "com frequência com o governador (do Rio Grande do Sul, Tarso Genro) embora ele só possa intervir em nível federal".

Diante da possibilidade de a presidente Dilma Rousseff intervir diretamente com o presidente russo, Vladimir Putin, Telma disse que a presidente "vai mobilizar tudo o que for necessário".

Sobre as condições da ativista de 31 anos na prisão russa de Murmansk, as comunicações com o consulado e as cartas que recebe da própria Ana Paula dão a entender que "está bem, inteira e tranquila" já que conhecia "os riscos de suas manifestações".

"Falamos por telefone com ela na quarta-feira durante oito minutos e estava otimista, sabe que aqui tem muito apoio e que a intenção da Rússia é pressionar dessa forma para que ninguém mais proteste" em seu território, disse Telma, que comentou que sua irmã "nunca deixará de se manifestar porque o ativismo é a sua vida".

Também apontou que sua irmã "resistirá" se na próxima quinta-feira for negado o direito à fiança que defendeu hoje o chanceler brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo, que conversou por telefone com seu colega russo, Serguei Lavrov, diante de uma possibilidade na qual disse ter fortes "esperanças".

Enquanto isso, autoridades e a família cogitam a formação de uma comitiva do governo brasileiro da qual sua mãe, Rosangela Maciel, faria parte e viajaria à Rússia para visitar a Ana Paula na prisão.

"Queremos ver se seus direitos estão garantidos, sabemos que está em um quarto individual, com calefação e televisão, que pode sair ao pátio durante uma hora por dia e que não tem contato com o resto de presos", contou Telma, que adiantou que a comissão governamental pode viajar a partir de novembro.

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