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IPT realiza testes para estádio da Copa de 2014

Maquete da futura Arena Pantanal de Cuiabá é submetida a ensaios de coberturas e fechamentos em túnel de vento

Obras da Arena Pantanal: testes visam fornecer coeficientes de pressão para dar maior confiabilidade ao pré-projeto das quatro coberturas independente (Monitoramento/Ministério do Esporte)

Obras da Arena Pantanal: testes visam fornecer coeficientes de pressão para dar maior confiabilidade ao pré-projeto das quatro coberturas independente (Monitoramento/Ministério do Esporte)

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Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2012 às 09h35.

São Paulo - O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) está executando uma série de ensaios sobre esforços de vento em uma maquete da futura Arena Pantanal de Cuiabá, no Mato Grosso, onde serão realizados quatro jogos da Copa do Mundo de 2014.

Os testes são realizados no túnel de vento do Centro de Metrologia de Fluidos do IPT e visam fornecer coeficientes de pressão para dar maior confiabilidade ao pré-projeto das quatro coberturas independentes e dos sistemas de fechamentos (fachadas) em membranas tensionadas.

As obras de construção da Arena Pantanal foram iniciadas em abril de 2010 para substituir o Estádio José Fragelli, o Verdão, que foi demolido.

Para atender às exigências da Federação Internacional de Futebol Associado (Fifa), o projeto terá uma área construída de 50 mil metros quadrados e capacidade para 43 mil espectadores durante a Copa, em quatro módulos de arquibancadas independentes.

Duas das quatro arquibancadas serão construídas em concreto pré-moldado, e as outras duas (localizadas atrás dos travessões, nos setores norte e sul) em estruturas metálicas aparafusadas para desmontagem e redução de 30% da capacidade após o término do mundial, de modo a transformar o estádio em um espaço multiuso.

Para a execução dos ensaios, os pesquisadores simularam primeiramente as características do vento do bairro Verdão, no qual o estádio está localizado.


Os testes são referenciados em função da norma NBR 6123, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que estipula as condições exigíveis na consideração das forças devidas à ação estática e dinâmica do vento, para efeitos do cálculo de edificações.

A rugosidade do terreno é classificada em cinco classes pela norma, e o terreno de construção do estádio está na categoria III, que tem como características a presença de terrenos planos ou ondulados com obstáculos, tais como muros, poucas árvores, edificações baixas e esparsas, e uma cota média do topo dos obstáculos de três metros.

Além da representação do relevo da região em que o estádio está sendo construído, foi necessária também a inclusão nos ensaios de uma maquete do Ginásio Aecim Tocantins, que está localizado no entorno da Arena Pantanal.

A inclusão do centro poliesportivo com capacidade para 11 mil espectadores foi necessária para estudar a sua influência nos ventos que irão incidir no estádio.

“Quando existe uma construção muito próxima à obra em estudo, ela pode diminuir o carregamento do vento e atuar de maneira favorável à edificação, mas há casos em que a localização e a forma da construção pioram o carregamento de vento”, disse Gilder Nader, pesquisador responsável pelos ensaios no IPT.

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