Tecnologia

iPhone agora permitirá escolher o navegador e o app de e-mail padrão

Mudança vale para o novo sistema iOS 14, que será lançado este ano; com a novidade, Google marca um gol de placa

iPhone: usuários do celular da Apple terão mais liberdade de escolha com nova atualização (Lucas Agrela/Site Exame)

iPhone: usuários do celular da Apple terão mais liberdade de escolha com nova atualização (Lucas Agrela/Site Exame)

Tamires Vitorio

Tamires Vitorio

Publicado em 23 de junho de 2020 às 11h09.

A história de ter que usar o navegador Safari e o aplicativo do e-mail da Apple como padrão está com os dias contados. Uma das grandes revelações do primeiro dia da conferência WWDC 2020 é que o novo sistema operacional do iPhone permitirá que os usuários escolham os apps principais em seus smartphones --- até mesmo se quiserem que o Google Chrome seja o navegador principal.

É uma concessão para os concorrentes e desenvolvedores que alegavam que a Apple monopolizava a escolha dos clientes dentro de seus produtos e priorizava os próprios aplicativos.

A mudança chegará no outono no Hemisfério Norte, entre os meses de setembro e dezembro e, ao contrário das novidades como a nova organização de apps na tela inicial, a novidade não foi anunciada no WWDC, conferência anual da Apple para desenvolvedores. Ela foi publicada discretamente após a transmissão ao vivo.

Os aplicativos padrão são aqueles que o usuário escolhe para abrir determinadas páginas e funções. Por exemplo, atualmente, quando uma pessoa que tem iPhone abre uma reportagem (como a que você está lendo agora), o smartphone a direciona automaticamente para o Safari, navegador padrão da Apple. Com a mudança, os links poderão ser abertos no Firefox, no Chrome ou em qualquer app de escolha individual. O mesmo vale para o e-mail. Esqueça o logo azul do app Mail da Apple. Se você for enviar um e-mail, poderá fazê-lo pelo Gmail e pelo Outlook. Por enquanto, essas são as permissões concedidas.

Apesar disso, uma limitação segue firme e forte: os navegadores usados no iOS ainda precisarão ser desenvolvidos com base na determinação da Apple sobre como uma página é carregada no dispositivo.

Uma boa notícia para o Google --- que possui o navegador mais popular do mundo, usado por 62% das pessoas com acesso à internet, segundo a startup indiana DataLEADS.

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