A ilustração criada pelo pessoal do site NowheElse.fr mostra como poderão ser os hipotéticos iPhone 5S e iPhone 6 (Martin Hajek e Steve Hemmerstoffer / NowheElse.fr)
Maurício Grego
Publicado em 8 de março de 2013 às 14h22.
São Paulo — Um internauta que se identifica como Old Yao publicou um mensagem no site chinês Sina Weibo (que é similar ao Twitter) em que ele afirma que um iPhone 5S e um iPhone 6 foram vistos num fornecedor da Apple.
Naturalmente, não há como saber se isso é verdade. Os aparelhos descritos podem ser só imitações do iPhone – algo que não falta na China. Old Yao diz que o iPhone 5S e o iPhone 6 foram vistos por um amigo dele. O primeiro seria muito parecido com o iPhone 5. Já o iPhone 6 seria mais longo, mais largo e mais fino.
O relato não tem, é claro, muita credibilidade. Mas outros rumores indicam que a Apple deve mesmo apresentar dois novos iPhones na metade deste ano. Nesta semana, o blog japonês Macotakara diz ter recebido, de uma “fonte confiável”, a informação de que o iPhone 5S já está sendo fabricado pela Foxconn na China.
De fato, se a Apple pretende apresentar o iPhone 5S em junho, como muita gente diz, ela já deve estar iniciando a fabricação. Segundo o analista Ming-Chi Kuo, da KGI Securities, a Apple vai lançar um iPhone 5 redesenhado, com corpo em plástico em vez de metal. Será oferecido em seis cores e vai custar menos que o iPhone 5 atual.
Kuo diz que haverá também um iPhone 5S, mais avançado, que será vendido na faixa de preços atual do iPhone 5. Esse modelo deve manter o corpo metálico do iPhone 5 atual e trazer, como principais novidades, processador mais potente e câmera melhorada.
A principal divergência entre o relato de Old Yao e a previsão de Kuo está no modelo mais avançado, que Yao chama de iPhone 6 e, Kuo, de 5S. Kuo não prevê mudança no tamanho da tela neste ano. Aumentar a tela do iPhone poderia prejudicar a exibição dos aplicativos atuais, feitos para tela de 3,5 ou 4 polegadas.
É uma transição que a Apple deve avaliar com cautela, já que criaria uma dificuldade a mais para os desenvolvedores de aplicativos. A empresa, até agora, tem tido a preferência desses desenvolvedores. Muitos dos apps mais inovadores são criados primeiro para o iOS e, só depois, portados para o Android.
Mas as projeções apontam que, no final deste ano, haverá cinco smartphones com Android no mundo para cada iPhone. Isso pode levar os desenvolvedores a ver o Android como um mercado mais atraente que o dos produtos da Apple. Se isso acontecer, a Apple vai perder uma das vantagens que tem sobre os concorrentes que usam o sistema do Google.
Uma das razões porque muitos aplicativos têm apresentação mais elegante no iOS do que no Android é que, como a Apple trabalha com poucos tamanhos de tela, os desenvolvedores podem otimizar o design dos apps para esses tamanhos. No Android, onde os tamanhos de tela são muito variados, isso é muito mais difícil.
Num ano em que a batalha pela preferência dos desenvolvedores tende a esquentar, talvez a Apple prefira evitar criar mais um tamanho de tela para o iPhone – o que seria uma complicação a mais para quem produz aplicativos. Por outro lado, o sucesso de smartphones com telas gigantes, como o Galaxy S III (4,8 polegadas) e o Galaxy Note 2 (5,5 polegadas) mostra que muitos consumidores desejam esses aparelhos.
A Samsung, que tem explorado bastante esse segmento, deverá oferecer, no Galaxy S IV, uma tela ainda maior que a do Galaxy S III. Um iPhone com tela maior também poderia fazer sucesso, é claro. Se ele não vier neste ano, há chances de que seja lançado em 2014.