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iPhone 5, último projeto de Steve Jobs, chega em 2012

O iPhone 5 foi o último projeto em que Steve Jobs esteve envolvido diretamente, do esboço conceitual ao aspecto final, diz analista

A ilustração, do site francês Nowhere Else, mostra como poderá ser o iPhone 5 (Reprodução / NowhereElse.fr)

A ilustração, do site francês Nowhere Else, mostra como poderá ser o iPhone 5 (Reprodução / NowhereElse.fr)

Maurício Grego

Maurício Grego

Publicado em 17 de outubro de 2011 às 10h04.

São Paulo — O próximo iPhone, chamado informalmente de iPhone 5, foi o último projeto em que Steve Jobs esteve envolvido diretamente, do esboço conceitual ao aspecto final. Ele deverá ser lançado no Inverno (brasileiro) de 2012. Quem diz isso é Ashok Kumar, analista da empresa Rodman & Renshaw, num relatório citado pelo noticiário americano Cnet.

Kumar escreveu, em seu relatório, que o iPhone 5 será uma versão completamente redesenhada do smartphone. Será mais fino e terá tela maior. Mas suas dimensões externas serão similares às do iPhone 4. Também se espera que tenha acesso a redes celulares de quarta geração, do tipo LTE. 

Brooke Crothers, que escreveu sobre o assunto na Cnet, diz ter conversado com uma pessoa na Apple que confirmou as informações do analista. Com pouco tempo para dedicar à Apple numa fase em que sua saúde já se deteriorava, Steve Jobs preferiu se concentrar no iPhone 5, deixando a reforma do iPhone 4 – que resultou no iPhone 4S – para outros profissionais, diz Crothers.

De fato, se olharmos apenas para o hardware, o que a Apple fez, no iPhone 4S, foi incorporar uma câmera melhor e o processador que já existia no iPad 2, além de resolver o problema da antena. O sistema operacional iOS 5 e o iCloud trazem novidades mais abundantes. Mas eles também funcionam no iPhone 4 e no 3GS, além do iPad e do iPod touch.

Assim, faz sentido supor que o iPhone 5 virá completamente redesenhado, como afirmam Kumar e Crothers. É bom lembrar que algo parecido já aconteceu na transição do iPhone 3G para o 4. Entre eles, a Apple apresentou o iPhone 3GS, que tem aspecto idêntico ao do seu antecessor, mas traz melhoramentos internos. 

Sincronia com as operadoras

Esses lançamentos esboçam um padrão em que a Apple apresenta um iPhone redesenhado a cada dois anos. Entre um e outro, ela solta uma versão ligeiramente melhorada. Não é certo que a empresa vá continuar seguindo esse padrão no futuro, mas é o que tem acontecido.


Uma das razões apontadas para isso é manter os lançamentos em sincronia com os contratos de serviços das operadoras. Nos Estados Unidos, quase todos os celulares são vendidos atrelados a um contrato de serviços. Na maioria dos casos, esses contratos têm validade de dois anos. O usuário pode ser multado se desistir antes do fim. Algumas operadoras até permitem a troca do aparelho durante a vigência do plano. Mas, em muitos casos, a troca sem multa só é possível no final do período.

A Apple deve começar a vender o iPhone 5 no segundo semestre de 2012. Nessa época, quem comprou um iPhone 4 no ano passado nos Estados Unidos estará no final do contrato com a operadora. Ou seja, haverá milhões de americanos querendo trocar seu iPhone 4 por um aparelho mais novo. Será o momento perfeito para um grande lançamento.

O problema do 4G

Há outra provável razão para a Apple deixar o iPhone 5 para 2012. Há uma expectativa de que o futuro iPhone tenha conexão celular 4G LTE, que proporciona acesso à internet mais veloz que o da rede 3G. Mas as redes LTE ainda não estão disponíveis em todos os lugares. No Brasil, por exemplo, ainda não há nenhuma em operação comercial. Assim, é desejável que o iPhone 5 consiga operar tanto em 4G como em 3G.

Alguns smartphones de outras marcas conseguem isso usando dois chips separados. Mas essa solução aumenta o consumo de energia e torna o aparelho maior. Aguardando até 2012, a Apple ganha duas vantagens. A primeira é contar com chips híbridos, que devem começam a sair das fábricas no final deste ano. Bastará um deles para que o smartphone funcione nos dois tipos de rede.

A segunda vantagem é que, na metade de 2012, as redes de quarta geração estarão disponíveis em mais lugares. Isso deve reduzir a chance de os usuários ficarem frustrados por terem comprado um smartphone 4G mas só conseguirem usá-lo com a tecnologia antiga, de terceira geração.

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