Apple faz mistério sobre a novidade, sem confirmar sequer se o nome será mesmo iPhone 5 (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 4 de outubro de 2011 às 11h10.
São Paulo - Todo ano é a mesma coisa: quando se aproxima o anúncio de um novo iPhone começam a circular rumores sobre que funcionalidades o aparelho terá. O frenesi se justifica pelo sucesso das versões anteriores do produto, que praticamente redesenharam o mercado mundial de smartphones. Dessa vez, a Apple demorou mais do que o normal e a apresentação deve acontecer nesta terça-feira, 4, o que atiçou ainda mais os jornalistas especializados e os analistas do setor de tecnologia.
A Apple faz mistério sobre a novidade, sem confirmar sequer se o nome será mesmo iPhone 5. Há quem aposte em algo como "iPhone 4S", o que seria uma versão melhorada do iPhone 4, sem grandes novidades. Há também quem acredite no lançamento de dois modelos: um de gama alta, como de costume, e outro, o que seria uma grande surpresa, mais barato.
Existe também a expectativa de que o novo aparelho venha com um chip capaz de operar tanto em redes GSM quanto CDMA, para agradar operadoras norte-americanas como Verizon e Sprint. Para o Brasil isso não faria diferença, já que todas as operadoras adotaram o padrão GSM.
Acredita-se também que o novo iPhone viria preparado para redes HSPA+, consideradas uma geração intermediária entre 3G e 4G e capazes de alcançar até 42 Mbps, dependendo da configuração das operadoras. O padrão HSPA+ já é adotado por algumas teles nos EUA, Europa e Austrália. No Brasil, essa tecnologia está em testes e deve ser lançada ainda este ano, mas com velocidade máxima de 21 Mbps. Outra possibilidade seria um iPhone 4G, apto para operar em redes com o padrão LTE (Long Term Evolution). Entretanto, a pequena cobertura com essa tecnologia, ainda limitada a poucas teles ao redor do mundo, o incremento no preço do hardware e a menor durabilidade da bateria pesariam contra essa opção.
Análise
Tradicionalmente, a expectativa de chegada de um novo iPhone provoca uma contenção ao redor do mundo nas vendas de smartphones, especialmente da própria versão atual do produto. Este ano, porém, os reflexos da espera podem ter atingido também o consumo de conteúdo móvel. A Fiksu, que mede mensalmente a quantidade de downloads na App Store, verificou uma redução em agosto e atribuiu o fato à expectativa de chegada do novo iPhone e, consequentemente, de novos aplicativos desenvolvidos sob medida para o produto.
No Brasil e em outros países emergentes, pode-se esperar uma queda no preço do atual iPhone 4. Eventualmente, é capaz de a Apple repetir com esse modelo o que fez com o iPhone 3GS: um leilão com preço unitário mais baixo para venda exclusiva de uma operadora. Na primeira vez em que isso foi feito, quem ganhou no Brasil foi a TIM, que passou a oferecer o iPhone 3GS por R$ 999.