iPhone 17: nova linha de smartphones pode ajudar a Apple (SOPA Images / Colaborador/Getty Images)
Repórter
Publicado em 20 de outubro de 2025 às 06h52.
Nem mesmo as tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, parecem ter diminuído a animação dos consumidores em relação à nova família de iPhones da Apple. Às 6h51, no horário de Brasília, as ações da empresa operavam em alta de 0,36% no pré-mercado.
O iPhone 17 superou em 14% as vendas da geração anterior nos primeiros 10 dias de mercado nos EUA e na China, segundo dados da Counterpoint Research, o que marca o início de um novo ciclo de crescimento para a companhia.
Com o maior redesenho em anos, melhorias em desempenho, câmeras e bateria, a linha conquistou consumidores que ainda usavam modelos comprados na pandemia. O entusiasmo ocorre apesar das incertezas sobre inteligência artificial e pressões regulatórias sobre a Apple, que pressionavam o desempenho da companhia nos últimos meses.
A empresa espera uma recuperação nas receitas de smartphones, com alta de 4% neste ano fiscal, atingindo US$ 209,3 bilhões, segundo dados da Visible Alpha. A expectativa é de novo avanço em 2026, chegando a US$ 218,9 bilhões.
O principal motor desse crescimento tem sido o modelo de entrada. Na China, as vendas do iPhone 17 básico praticamente dobraram em comparação com o modelo equivalente do ano passado, segundo a Counterpoint Research.
Entre os atrativos estão a introdução do novo chip A19, display aprimorado, maior capacidade de armazenamento e uma câmera frontal mais avançada — tudo isso com o mesmo preço do iPhone 16.
Enquanto isso, nos Estados Unidos, o modelo Pro Max tem se destacado entre os consumidores que buscam alto desempenho. O dispositivo traz o conjunto de câmeras mais avançado da marca, novo sistema de resfriamento e design redesenhado.
Operadoras americanas têm ampliado os subsídios para o Pro Max em até US$ 100, apostando em contratos de longo prazo com os usuários. A estratégia mira maior retorno com serviços mensais vinculados a planos de 24 a 36 meses.
Com a alta demanda, a Apple revisou a produção inicial da linha iPhone 17 de 88 para 94 milhões de unidades até o início de 2026, segundo análise da Mizuho Securities. A única exceção é o modelo iPhone Air, que terá 1 milhão de unidades a menos, após vendas abaixo do esperado no Ocidente.
Apesar disso, o Air esgotou rapidamente na China e já está disponível para pré-venda no país, com suporte a eSIM e preço inicial de 7.999 yuan.
Mesmo com as vendas totais em unidades permanecendo estáveis em torno de 235 milhões até 2026, analistas projetam crescimento para 240 milhões de iPhones em 2027, chegando a 260 milhões até o fim da década.
Rumores de mercado indicam que a Apple prepara o lançamento de um iPhone dobrável já no próximo ano. Paralelamente, a empresa avança com o novo Vision Pro com chip M5, e pressiona por mudanças tributárias na Índia para fortalecer sua cadeia produtiva.
Apesar de alertas de analistas como o Jefferies, que apontam para expectativas infladas, a Apple manteve os preços dos novos modelos mesmo sob risco de tarifas. A marca reforça sua posição como um dos pilares do setor de tecnologia global — e o iPhone 17 mostra que, mesmo em um ambiente desafiador, a empresa ainda dita o ritmo do mercado.