Avaliação de Airton Lopes / Os sete meses que separam a geração anterior do iPad desta nova versão não foram suficientes para que a Apple trouxesse surpresas, mas isso não quer dizer que o update não seja bemvindo. O desenho do tablet não sofreu alterações. Tem como única diferença o novo formato do conector, menor e mais prático, mas incompatível com acessórios produzidos para o tradicional formato de 30 pinos. A performance deste novo iPad, por outro lado, melhorou muito. Com processador mais veloz e câmera frontal capaz de captar vídeo em 720p, o iPad com 32 GB e sem 4G mostrou nos testes do INFOlab que sua principal qualidade é o ganho de autonomia. Ele suportou quase 11 horas rodando vídeo, recorde absoluto entre os tablets avaliados pelo INFOlab. A excelente tela retina Display e a boa integração entre o hardware e o sistema iOS 6, além de um ecossistema de aplicativos superior, reforçam o posto do iPad como melhor tablet do mercado.

Avaliação de Cauã Taborda / Como dito acima, a nova versão do iPad, conhecida também como quarta geração, ou mesmo iPad 4, parece à primeira vista uma repaginada do modelo anterior. Há nesse novo produto duas grandes mudanças: o novo processador A6X e o conector Lightning que, assim como no iPhone 5 e iPad mini, substitui o conector de 32 pinos tradicional dos produtos da Apple. Mas será que um novo processador e o conector mais ágil são suficientes para tornar o tablet mais interessante? Descubra a seguir.

Novo iPad (de novo)

Mesmo que durante a apresentação dos novos iPads (o modelo foi lançado simultaneamente com o iPad mini) Tim Cook tenha reforçado que essa é uma nova geração do iPad, é impossível deixar de sentir um gostinho de “mais do mesmo”.  Com um calendário de lançamento excepcionalmente curto, o modelo anterior, chamado de “Novo iPad”, ficou velho antes da hora. Ao contrário do iPad 2, que ainda é vendido pela Apple, o iPad de terceira geração desapareceu por completo. Afinal, na prática estamos falando de um mesmo carro com motor 1.0 e outro com motor 1.4.

No lugar do A5X, com dois núcleos de 1,2 GHz, há agora o A6X, que traz dois núcleos de 1,4 GHz. O processador é uma evolução do chip instalado no iPhone 5, um A6 dual core de 1,2 GHz. Em nossos testes, o X adicional garantiu 1.745 pontos no Geekbench 2, um pouco superior aos 1.684 pontos do smartphone.

No restante, a mesma tela de 9,7 polegadas e resolução de 2.048 por 1.536 garante imagens de qualidade impressionante, ótimo brilho e fidelidade nas cores, além de ser resistente a riscos e oleosidade, o que ajuda a reduzir um pouco as marcas de dedos. As medidas também são as mesmas: 24 por 18,5 por 0,9 centímetros. A câmera traseira foi mantida com 5 megapixels e gravação de vídeo em 1.080p. A diferença é a frontal, que subiu de 0,3 para 1,2 megapixels com gravação em 720p. Isso ajudou a tornar as conversas pelo FaceTime ou Skype mais agradáveis para quem fica do outro lado.

O conector Lightning oferece duas grandes funções: ser menor e economizar bateria. Segundo a Apple, os trilhos do conector são ativos por demanda. Por exemplo, se há somente a necessidade de transferência de áudio, os outros serão ativados. Na prática, há também outra função, mas ela se transforma em dor de cabeça. Com o adaptador que transforma o Lightning no bom e velho 32 pinos indisponível no Brasil, quem adquiriu cabos ou outros acessórios, como docks, vai ter de plugar o aparelho por P2 ou Bluetooth. Quem apostou em uma transferência de arquivos mais ágil errou. A interface ainda é a USB 2.0.

Velocidade na prática

Mesmo que matematicamente a diferença entre os dois processadores não seja muito grande, no uso comum é possível notar uma grande diferença. Os aplicativos são iniciados com uma velocidade maior. No caso de games e apps mais pesados, a rapidez é ainda mais evidente. Com um novo motor gráfico, o resultado nos jogos também parece mais agradável, principalmente em títulos mais exigentes.

A navegação web também se mostrou mais veloz no INFOlab. Seja para abrir o Safari ou mesmo carregar uma página por completo, a geração 4 superou a anterior. 

Além da versão Wi-Fi, o iPad atual também conta com uma versão com conectividade 3,5 G. Mesmo que o DC-HSDPA (LTE) esteja presente, ele não será compatível com o padrão brasileiro. 

A bateria do novo iPad também melhorou. Ao contrário do modelo anterior, que resistiu a pouco mais de 6 horas na reprodução de vídeos, o modelo de quarta geração atingiu 10 horas e 59 minutos nos testes do INFOlab. A nova marca supera inclusive modelos com Android e telas menores, como o Galaxy Tab 2 de 7 polegadas.

Vídeo

http://videos.abril.com.br/info/id/b510f1a8374cc58996369a27961db706

Nota: o vídeo acima é do review do iPad 3. A única diferença é o novo processador, conector e o que já foi comentado no texto acima.

Ficha técnica

Tela	9,7
Processador	A6X 1,4 GHz dual core
Armazenamento	32 GB
Peso	660 g
SO	iOS
Duração de bateria	10h59min

Avaliação técnica

Prós	Tela retina; duração de bateria; velocidade nos apps
Contras	Novo conector com oferta limitada de acessórios; aquecimento em uso intenso
Conclusão	Mais veloz e com ótima bateria, o novo modelo traz mais vantagens que o anterior, mas não há uma novidade muito grande, como a mudança de deisgn do iPad mini
Configuração	8,9
Usabilidade	9,6
Bateria	9,3
Design	8,7
Média	9.2
Preço	R$ 1.999