Fábrica de AirTags planejada pela Apple na Indonésia não atende às exigências de conteúdo local necessárias para a venda do iPhone 16. (Jaap Arriens/NurPhoto/Getty Images)
Redator na Exame
Publicado em 9 de janeiro de 2025 às 09h06.
O iPhone 16 permanece proibido na Indonésia desde outubro de 2024 devido ao não cumprimento de exigências regulatórias locais. O governo do país, que possui mais de 280 milhões de habitantes, rejeitou o plano da Apple de investir US$ 1 bilhão (R$ 6,1 bilhões) na construção de uma fábrica de AirTags, afirmando que a proposta não satisfaz as exigências de conteúdo local, segundo informações são da Business Insider.
Segundo o ministro da Indústria da Indonésia, Agus Gumiwang Kartasasmita, a proposta da Apple não atende às exigências de que 40% dos materiais usados em smartphones e tablets vendidos no país sejam produzidos localmente. Essa regra tem sido um obstáculo para a gigante tecnológica, que busca expandir suas operações no mercado do Sudeste Asiático.
Apesar do compromisso da Apple em construir uma fábrica de AirTags na Ilha de Batam, com início de operações previsto para 2026, Kartasasmita afirmou que o dispositivo é apenas um acessório e não contribui significativamente para atender às regulamentações locais.
"As negociações com a Apple não alcançaram uma resolução. Ainda não há base para emitir os certificados de conteúdo local necessários para a venda do iPhone 16 no país", declarou Kartasasmita durante uma coletiva de imprensa.
Enquanto a Apple enfrenta dificuldades, concorrentes como a Samsung têm avançado no cumprimento das exigências locais, consolidando sua presença no mercado indonésio. A proibição da venda do iPhone 16 tem gerado uma lacuna significativa para a empresa em um dos maiores mercados de tecnologia da região.
Além disso, o ministro destacou que "não há prazo para o cumprimento das exigências", sugerindo que o futuro das vendas da Apple na Indonésia depende exclusivamente da capacidade da empresa de atender às regulamentações.
Com a proibição em vigor, a Apple enfrenta não apenas a perda de um mercado estratégico, mas também o desafio de negociar condições que viabilizem o lançamento de novos modelos, como o futuro iPhone 17. A continuidade das vendas na Indonésia dependerá de um compromisso mais robusto da empresa em atender às demandas de conteúdo local e de um acordo satisfatório com as autoridades.