Tecnologia

Internet transmitida por luz atinge velocidade recorde de 224 Gbps

Valor seria suficiente para transmitir, em um segundo, 18 filmes de 1,5GB; tecnologia Li-Fi, porém, ainda engatinha e está longe de ser adotada comercialmente

bulbo (Getty Images)

bulbo (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2015 às 16h19.

Pesquisadores da Universidade de Oxford, na Inglaterra, conseguiriam atingir uma velocidade bi-direcional de conexão de impressionantes 224 Gbps com uma tecnologia não muito convencional – a light fidelity, ou Li-Fi, que transmite o sinal de internet por ondas de luz.

O valor medido (um recorde para um padrão que havia batido "apenas" 10,5 Gbps em experimentos anteriores) seria suficiente para transmitir, em um único segundo, 18 filmes de 1,5GB. E a velocidade não é nem comparável às médias da internet de qualquer país. A mais alta está na Coreia do Sul, mas mesmo lá o valor não passa de “míseros” 24 Mbps.

A tecnologia de transmissão de sinal por luz ainda engatinha e está longe de poder ser usada comecialmente, mas está em desenvolvimento desde 2011, pelo menos, quando o Consórcio Li-Fi foi fundado. Ela surgiu como uma alternativa ao tradicional Wi-Fi, e, se pareada a uma conexão cabeada veloz, poderia trazer velocidades muito maiores do que a máxima de 600 Mbps apresentada pelas conexões sem fio do tipo atualmente.

Enquanto o padrão "concorrente" é baseado em circuitos de rádio, o método mais novo utiliza ondas de luz, tanto infravermelhas quanto visíveis, de lâmpadas LED para enviar o sinal de internet. Isso significa que seu campo de “atuação” é bem perceptível e delimitado – algo que os mais preocupados com a segurança da rede podem valorizar.

No caso da conexão usada no teste, o link “operava em um limite de 3 metros a 224 Gb/s (6 x 37,4 Gb/s) e 112 Gb/s (3 x 37,4 Gbp/s) com campos de visão (CDV) de 60º e 36º, respectivamente”, segundo o resumo da pesquisa. O estudo, por sinal, serviu como a “primeira demonstração de um link sem fio do tipo com um CDV” que poderia de fato cobrir uma sala.

O fato de sair de lâmpadas também significa que o sinal de internet poderia ser levado a praticamente qualquer lugar com iluminação por LED. “Temos a infraestrutura aqui”, disse em apresentação no TED o idealizador da ideia do Li-Fi, Harold Haas, como bem lembrou o IBTimes. “Tudo que precisamos fazer é colocar um microchip em todo aparelho de iluminação, e isso combinaria duas funcionalidades básicas: luz e transmissão de dados sem fio.”

Acompanhe tudo sobre:Banda largaINFOInternet

Mais de Tecnologia

UE multa grupo Meta em US$ 840 milhões por violação de normas de concorrência

Celebrando 25 anos no Brasil, Dell mira em um futuro guiado pela IA

'Mercado do amor': Meta redobra esforços para competir com Tinder e Bumble

Apple se prepara para competir com Amazon e Google no mercado de câmeras inteligentes