Repórter
Publicado em 27 de maio de 2024 às 10h47.
Última atualização em 27 de maio de 2024 às 10h47.
Das 137.208 escolas estaduais e municipais do Brasil, 89% estão conectadas à rede, sendo que 62% utilizam a internet para o processo de ensino e aprendizagem, enquanto apenas 29% possuem computadores, notebooks ou tablets disponíveis para os alunos. Aquelas que possuem algum equipamento têm, em média, um dispositivo para cada dez estudantes no maior turno escolar.
Mas o cenário é um pouco mais complicado quando se olha para a velocidade na internet disponibilizada nas escolas conectadas.
De acordo com o estudo “Panorama da qualidade da Internet nas escolas públicas brasileiras”, realizado pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Tecnologia de Redes e Operações (Ceptro.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), das 32.379 escolas com mais de 50 estudantes no maior turno, apenas 3.640 (11%) atingem a meta da Estratégia Nacional de Escolas Conectadas de prover pelo menos 1 Mbps por aluno.
Uma conexão abaixo desse parâmetro inviabiliza atividades que demandam maior banda e menor latência, como streaming de vídeo, dificultando a introdução de novas práticas educacionais com recursos tecnológicos em instituições de Ensino Fundamental e Médio com mais de 50 estudantes no turno de pico.
Apesar da evolução de 2022 para 2023, a média nacional foi de 0,19 Mbps para 0,26 Mbps por aluno. Estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Goiás apresentam as melhores velocidades, em torno de 0,5 Mbps por aluno. Em contraste, Amazonas, Acre e Amapá estão entre os estados com menores velocidades, cerca de 0,1 Mbps por estudante.