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Internet: EUA perdem espaço e mobilidade avança

Os EUA, que em 1996 tinham 66% de todos os usuários do mundo, representam hoje 13% do total

O Brasil está entre os países que mais cresceram na internet em 2011, com 18% de aumento no número de usuários, ficando atrás apenas do México, com 22% (Dreamstime.com)

O Brasil está entre os países que mais cresceram na internet em 2011, com 18% de aumento no número de usuários, ficando atrás apenas do México, com 22% (Dreamstime.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2012 às 15h59.

Las Vegas - A Ásia é a região do mundo com o maior número de usuários de internet no mundo, respondendo por 41,2% do total de usuários, segundo Brian Jurutka, da comScore, que apresentou nesta segunda, 9, o estudo "The State of the internet" no CES 2012, que acontece em Las Vegas.

Para a ComScore, o interessante é notar como os EUA estão perdendo espaço na demografia mundial da internet, ainda que sejam ainda importantes em termos de minutos de uso.

A América do Norte tem 14,8% dos usuários mundiais. Os EUA, que em 1996 tinham 66% de todos os usuários do mundo, representam hoje 13% do total. A América Latina aparece empatada com o Oriente Médio, com 8,7% dos usuários globais. Só em 2011 o número global de usuários da internet cresceu 10%.

O site com maior visitação é o Google. Os EUA respondem por apenas 16% do tráfego do site de buscas. “Para os dez maiores sites da internet, a maioria do tráfego vem de fora dos EUA”, relata Jurutka. “Só a China tem 70% mais usuários que os EUA”, completa.

O Brasil está entre os países que mais cresceram na internet em 2011, com 18% de aumento no número de usuários, ficando atrás apenas do México, com 22%, e da China, com 19%, e seguido pela Rússia, com 14%. Nos EUA o crescimento foi de apenas 0,8%.

Em número de horas médias semanais online por usuário, o campeão é o Canadá, com 42,3 horas, seguido dos EUA, com 39 horas. O Brasil é o 11º, com 26,9 horas. Embora o consumo de vídeo responda pela maior parte deste tempo, individualmente o site que mais concentra horas de acesso é o Facebook. Nos EUA, os usuários passam um sexto de seu tempo online nesta rede social, um crescimento de 57% no último ano.

E-commerce

Jurutke também deu números sobre o comércio online nos EUA. Foram transacionados US$ 255 bilhões em 2011, dos quais US$ 95 bilhões em serviços de viagem. O e-commerce já responde por 10% do total de dólares gastos nos EUA. Para alguns produtos, este número é mais impressionante: um terço dos computadores é comprado online, conta o executivo.


Mobilidade

Outro fenômeno importante abordado na apresentação é o do tráfego de dados móveis. Segundo a comScore, celulares e tablets respondem por 8% do tráfego de internet nos EUA, o dobro em relação a 2010. Deste tráfego “não-PC”, 63% vêm de smartphones, 30% de tablets e 7% de outros dispositivos, como consoles de games. Outro dado importante da ComScore: a adoção de smartphones ou tablets no mercado norte-americano já passa de 53% dos usuários, sendo que 10% dos usuários já adotaram tablets.

Casas Conectadas

Segundo a ComScore, pouco mais da metade das casas nos EUA tem apenas um PC, mas quando se fala em termos de dispositivos móveis com acesso à internet, apenas 30% das casas têm apenas um dispositivo. Ou seja, já existem pelo menos dois dispositivos móveis conectados em pelo menos 70% dos lares norte-americanos, e 20% dos lares já tem mais de quatro dispositivos.

Vídeo

O consumo de vídeo foi apontado como um dos grandes drivers de crescimento do tráfego. Segundo Jurutka, nos EUA 108 milhões de pessoas consomem diariamente 1,3 bilhão de vídeos online. Isso representa um crescimento de 1.290% desde 2006. Neste período, a publicidade online cresceu 344%.

O número de minutos assistidos cresceu 306% desde 2009. Segundo o executivo, houve dois saltos no consumo de vídeo online: em 2006/2007, com a explosão do YouTube e do vídeo gerado pelo usuário; e em 2009, com o crescimento da oferta de vídeo profissional na web, com serviços como Hulu e Netflix.

Em novembro de 2011, nos EUA, o vídeo online contabilizava 190 milhões de usuários ao mês, ou 86% dos usuários de internet, que consomem 48 bilhões de vídeos mensalmente. O maior provedor ainda é o YouTube, com 162 milhões de viewers ao mês.

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