Tecnologia

Internet encontrá seu próprio caminho, diz Google

Eric Schmidt lembrou 'dos 5 bilhões de pessoas que ainda não estão conectadas à internet

Eric Schmidt: "Se a rede já é alucinante agora, imaginem quando todos fizerem parte dela" (Getty Images)

Eric Schmidt: "Se a rede já é alucinante agora, imaginem quando todos fizerem parte dela" (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de fevereiro de 2012 às 09h10.

Barcelona - O presidente da Google, Eric Schmidt, afirmou nesta terça-feira que as tentativas de controlar a rede com regulações, em alusão aos textos como a lei SOPA, 'vão fracassar' porque 'a internet e a tecnologia vão encontrar seus caminhos'.

Antes do discurso de Schmidt, apresentado no Mobile World Congress (MWC) de Barcelona, a comissária europeia de Justiça, Viviane Reding, pediu ao Google para manter suspensa as novas normas de privacidade anunciadas para o início de março, já que, segundo as autoridades comunitárias, elas não atendem as normas europeias de proteção de dados.

Em seu discurso, de pouco mais de meia hora, Schmidt lembrou 'dos 5 bilhões de pessoas que ainda não estão conectadas a internet. 'Se a rede já é alucinante agora, imaginem quando todos fizerem parte dela', afirmou o presidente da Google.

No entanto, Schmidt não se deixou levar pelo otimismo e afirmou que, 'nos próximos anos, a brecha entre os usuários avançados e os que não têm acesso a conexão será ainda mais ampla devido às rápidas inovações que devem aparecer'.

'Os smartphones são parte da solução, mas não resolvem todo problema. Ainda faltam infraestruturas para tornar a conexão mais viável', especificou Schmidt ao falar sobre os países em desenvolvimento, onde a internet ainda é considerada um luxo.

Holografias, diagnósticos médicos por celular e carros sem motorista são alguns dos avanços citados por Schmidt, que ressaltou que 'a tecnologia avança em um ritmo muito mais rápido do que os cientistas são capazes de prever'.


'A tecnologia fará parte de nossa vida cotidiana e estará em nossa sociedade sem que nos demos conta, como a eletricidade', apontou o presidente da Google, que ressaltou que, dentro deste contexto, 'os desenvolvedores são os construtores da liberdade humana'.

Segundo Schmidt, 'a web está evoluindo para uma consciência coletiva, uma inteligência coletiva, e os limites do desenvolvimento tecnológico devem ser confinado à ética'.

Após seu discurso, Schmidt foi generoso com os presentes e abriu espaço para possíveis perguntas, como a de um iraniano que perguntou sobre o bloqueio dos downloads da Google Chrome em seu país.

Antes de iniciar seu discurso na Mobile World Congress (MWC) de Barcelona, Schmidt também apresentou breve demonstração do navegador Chrome para a plataforma Ice Cream Sandwich, que simplifica a navegação e permite abrir e manusear várias janelas ao mesmo tempo. 

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetempresas-de-tecnologiaEric SchmidtGoogleInternetMobile World CongressPersonalidadesTecnologia da informação

Mais de Tecnologia

Influencers mirins: crianças vendem cursos em ambiente de pouca vigilância nas redes sociais

10 frases de Steve Jobs para inspirar sua carreira e negócios

Adeus, iPhone de botão? WhatsApp vai parar de funcionar em alguns smartphones; veja lista

Galaxy S23 FE: quanto vale a pena na Black Friday?