(SOPA Images/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 24 de julho de 2025 às 12h21.
Última atualização em 24 de julho de 2025 às 12h49.
Pesquisadores do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação e Comunicações (NICT), em parceria com a Sumitomo Electric, anunciaram recentemente uma nova marca mundial de velocidade de internet: 1,02 petabit por segundo (equivalente a 127.500 gigabytes por segundo).
Esse feito foi alcançado utilizando uma infraestrutura de fibra óptica de 1.802 milhas, um percurso similar à distância entre Sapporo e Fukuoka, no Japão.
Na prática, essa velocidade é 3,5 milhões de vezes mais rápida do que a média das conexões de banda larga fixa nos Estados Unidos. Isso significa que seria possível baixar todo o catálogo da Netflix em menos de 1 segundo — algo inimaginável com as tecnologias comerciais atuais.
O grande feito foi possibilitado por uma inovação na estrutura dos cabos de fibra óptica. Ao contrário dos cabos convencionais que possuem um único núcleo de transmissão, a nova tecnologia utiliza um cabo com 19 núcleos internos. Isso permite uma transmissão de dados muito mais eficiente, multiplicando a capacidade de transmissão por 19, mantendo o diâmetro padrão de 0,125 milímetro.
Além disso, a estrutura melhora a transmissão de luz sem perda significativa de dados, e pode ser implementada em cima da infraestrutura já existente.
Esse recorde de velocidade foi apresentado na Conferência de Comunicação por Fibra Óptica (OFC 2025), e mais que dobrou a marca anterior de 2024, que era de 50.250 gigabits por segundo.
Esse avanço na velocidade de internet tem um potencial transformador. Com a crescente demanda global por largura de banda, impulsionada pelo streaming de vídeos, computação em nuvem, inteligência artificial e outras tecnologias emergentes, a fibra óptica de 19 núcleos pode ser a solução crucial para atender a essas necessidades de forma eficiente.
A tecnologia não só apresenta uma grande melhoria em termos de capacidade, mas também promete um impacto significativo na forma como acessamos e consumimos dados em larga escala.
Os especialistas acreditam que essa inovação poderia, eventualmente, mudar o futuro da conectividade global, acelerando ainda mais a digitalização de várias indústrias.
A velocidade de 1,02 petabit por segundo não apenas representa um avanço para a internet em si, mas também pode revolucionar serviços como o streaming e a computação em nuvem.
Com a capacidade de transmissão de dados infinitamente mais rápida, os usuários poderiam desfrutar de conteúdo de alta qualidade, como filmes e séries em 8K, sem qualquer atraso, e as empresas poderiam melhorar o desempenho de suas aplicações baseadas em nuvem, tornando-as mais rápidas e eficientes.
Essa conquista também abre caminho para um futuro em que a inteligência artificial e o aprendizado de máquina se beneficiam da rápida transmissão de dados, permitindo avanços tecnológicos em tempo real.