síria guerra civil (Reuters)
Da Redação
Publicado em 5 de setembro de 2013 às 08h58.
Moscou - Uma enquete mundial divulgada nesta quarta-feira pelo fundo sociológico russo Vox Populi indicou que os internautas das redes sociais se opõem majoritariamente à intervenção militar ocidental na Síria.
De acordo com o Vox Populi russo, que analisou redes sociais como Facebook, Twitter, YouTube e Livejournal, entre outras, 85% das mensagens analisadas possuíam comentários negativos sobre uma possível guerra contra o país árabe.
No próprio Estados Unidos, onde o presidente Barack Obama pede apoio ao Congresso para lançar uma ação militar contra o regime sírio, 83% dos usuários das redes sociais são contra a guerra.
Segundo a pesquisa divulgada hoje, a rejeição à guerra é ainda no Reino Unido (84 %), cuja câmara dos Comuns rejeitou a possibilidade do Exército britânico aderir tal operação militar, Alemanha (88%), França (90%) e Rússia (94%).
Na Turquia, um dos principais defensores da guerra contra seu país vizinho, a maioria dos internautas também contra a guerra (64%).
Entre 30 de agosto e 1º de setembro - durante 48 horas -, o Vox Populi russo analisou mais de 1,7 milhão de comentários em 241 países, alcançando 605 mil usuários.
No que se refere ao uso de armas químicas na Síria, 64% dos americanos acreditam que o regime de Bashar al Assad usou este tipo de armamento contra a população civil, enquanto 36% culpa os rebeldes.
Por outro lado, no Reino Unido, 57% dos internautas responsabilizam os rebeldes pela ação e não o regime sírio (43%), uma percentagem que se mostra mais equilibrada na França: 51% contra 49%. Já na Rússia, 96% dos usuários atribuem à oposição armada o ataque com armas químicas na Síria.
Segundo o estudo, os usuários das redes sociais mais ativos na discussão sobre o conflito sírio os eventos na Síria são os americanos (46%), muito a frente dos britânicos (13%).