Exoesqueleto em transporte durante a abertura da Copa do Mundo (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 12 de junho de 2014 às 20h43.
Brasília - Um dos momentos mais emocionantes na cerimônia de abertura da Copa do Mundo, o chute do paraplégico Juliano Pinto na bola oficial do torneio terminou em decepção nas redes sociais.
Internautas se queixam de que a transmissão durou pouco mais de um segundo e mostrou apenas a parte final do movimento. Logo depois, a televisão voltou a mostrar a festa.
No Twitter, internautas brasileiros e de outros países comentaram a frustração com o lance. “Por que não mostraram o pontapé inicial com um exoesqueleto?”, questionou uma internauta de Madri, na Espanha.
“Perdemos o chute com o exoesqueleto. A televisão achou importante mostrar o ônibus [da seleção brasileira] entrando no estádio!”, criticou um internauta de Porto Alegre.
Desenvolvido pelo neurocientista Miguel Nicolelis, o exoesqueleto – estrutura metálica que dá sustentação a parte do corpo – movimenta-se por meio de comandos do cérebro. Desenvolvido desde 2001, o equipamento custou R$ 33 milhões.
A Agência Brasil tentou entrar em contato com o Comitê Organizador Local (COL) da Copa e com a Federação Internacional de Futebol (Fifa), mas as ligações não foram atendidas.
Os órgãos não esclareceram por que a bola foi lançada da lateral do campo, em vez de partir do centro do gramado, com mais visibilidade.
Por meio da assessoria de imprensa, Nicolelis elogiou a equipe e os pacientes que participaram da pesquisa. “Foi um grande trabalho de equipe e destaco, especialmente, os oito pacientes, que se dedicaram intensamente para este dia.
Coube a Juliano usar o exoesqueleto, mas o chute foi de todos. Foi um grande gol dessas pessoas e da nossa ciência”, informou.
No Twitter, Nicolelis não comentou a exibição do chute. Apenas comemorou o resultado do experimento. “Nós conseguimos”, postou, em inglês.
We did it!!!!
— Miguel Nicolelis (@MiguelNicolelis) 12 junho 2014