Tecnologia

Internauta desconfia de informações da web

SÃO PAULO - A coisa não está muito boa para a web: o índice de internautas que confiam nas informações que lêem na rede mundial é alarmantemente baixo, segundo uma pesquisa divulgada esta semana pela Consumer WebWatch. E um dos principais motivos é que os usuários acham que nem sempre é fácil distinguir o que […]

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h42.

SÃO PAULO - A coisa não está muito boa para a web: o índice de internautas que confiam nas informações que lêem na rede mundial é alarmantemente baixo, segundo uma pesquisa divulgada esta semana pela Consumer WebWatch. E um dos principais motivos é que os usuários acham que nem sempre é fácil distinguir o que é propaganda e o que é conteúdo editorial.

De acordo com o estudo, menos de dois terços dos internautas - 29%, para ser mais exato - afirmaram confiar nas informações dos sites que vendem produtos e serviços. Na opinião dos demais usuários, os sites de notícias e comerciais deveriam separar melhor os anúncios do editorial, bem como deixar bem claro as taxas dos serviços pagos, antes de quererem a credibilidade de seus visitantes. Para chegar a esta conclusão, a Consumer WebWatch entrevistou 1,5 mil internautas americanos com mais de 18 anos, por telefone, nos meses de dezembro e janeiro últimos.

Para 80% das pessoas entrevistadas, é crucial poder acreditar no que dizem as páginas web por elas freqüentadas e, para 95% delas, os sites deveriam divulgar todas as suas taxas de forma mais clara. Outras 59% acham que deveria existir uma divisão melhor do que é conteúdo do que é propaganda. No caso das lojas virtuais, 93% dos consumidores virtuais gostariam de ter informações mais detalhadas sobre como é feita a proteção de seus números de cartão de crédito na web.

Outro agravante, segundo a Consumer WebWatch, é que 60% dos internautas não fazem a menor idéia que alguns sites de busca mais usados são pagos para colocar certos resultados na frente de outros. Para 80% dos usuários dessas ferramentas, é imprescindível que tais sites revelem seus acordos financeiros.

Segundo o diretor da Consumer WebWatch, Beau Brendler, os consumidores já encaram a internet como algo que influi em muitos aspectos de suas vidas e, por isso mesmo, começam a cada vez mais questionar sua confiabilidade. "Os sites devem ser mais transparentes sobre os interesses financeiros por trás do conteúdo que publicam, e oferecer ferramentas que ajudem o internauta a se sentir mais confiável na hora de usar a web", declarou.

O próprio instituto de pesquisas divulgou alguns passos para as empresas alcançarem uma credibilidade maior na internet. Um dos pontos cruciais é deixar claro onde os sites são produzidos, fornecendo endereço, telefone ou e-mail, bem como dizer a quem pertencem, se são públicos ou privados, além de divulgar suas finalidades e missão. Outro fator importante seria criar uma identidade própria para o que é conteúdo editorial e para o que é patrocinado, pago ou anúncio (incluindo propagandas da própria empresa, da matriz ou afiliadas), bem como deixar claro, no sistema de busca, quais os resultados pagos dos gratuitos.

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