EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h34.
A Interchange, empresa de gestão de relacionamentos eletrônicos, parece estar conseguindo o que muita empresa de tecnologia no Brasil vem tentando há algum tempo sem sucesso: obter receita significativa no mercado de pequenas e médias empresas. Dos 70 milhões de reais faturados em 2003, cerca de 17% - 12 milhões - foram gerados pelo segmento. Um crescimento de 50% em relação a 2002.
A Interchange foi fundada em 1991 como empresa de EDI Electronic Data Interchange ou intercâmbio eletrônico de dados e tem como principais clientes as grandes corporações. Há cerca de um ano, decidiu investir nas pequenas e médias empresas. Nosso negócio não é tecnologia, é gestão de relacionamentos eletrônicos , diz Roberto Zabeo, presidente da Interchange. Para ele, é preciso abrir o leque de produtos para que o negócio gere valor econômico. Concentrar em EDI não é suficiente.
Uma das apostas é o Pedido Perfeito , com o qual a Interchange conquistou dois mil novos pequenos e médios clientes. Não interessa qual a forma de conexão. Pode ser pela Internet , afirma Zabeo. O produto foi desenvolvido para alinhar, por exemplo, uma cadeia de supermercados a centenas de pequenos fornecedores, eliminando a intervenção humana na reposição de gôndolas. Já o Pague & Pronto , serviço lançado há três anos e adotado hoje por dois mil clientes em estados do centro-sul do país, viabiliza o recebimento de contas de luz, telefone e gás por farmácias, supermercados e padarias em regiões com pouco acesso a agências bancárias.
Até 2007, quando espera saltar dos atuais 50 mil para 100 mil clientes, a empresa irá investir 28 milhões de reais. A empresa tem como sócios a EDS, o ABN-Amro, o Citibank e o Unibanco cada um deles com 25% do capital.